Coletor Menstrual

o que é

Uma pequena taça em silicone cirúrgico, com cores variadas, vida útil entre 5 e 10 anos e textura maleável. O coletor menstrual, também apelidado de copinho, se popularizou nas redes sociais e site e fóruns femininos em meados dos anos 2010 com a proposta de ser uma alternativa mais ecológica em comparação aos absorventes internos e externos, e chamou a atenção de quem sofre com o desconforto com os métodos tradicionais ou se preocupa com uma opção mais sustentável para os ciclos. Basta introduzir o copinho no canal vaginal, encaixar com o colo do útero e esquecer dele por 12 horas – o tempo máximo recomendado. Após o uso, basta jogar fora o sangue coletado, lavar com água corrente e reutilizar. No fim do ciclo, o coletor tem que ser lavado com água fervente para desinfecção.

quem faz

Os primeiros protótipos do que conhecemos hoje como coletor datam de 1860, mas com um nome bem diferente (e estranho): sacos catameniais. O modelo era criativo: consistia em um cinto, com uma haste que segurava um pequeno saquinho dentro do corpo. Por não ser muito prática, essa primeira ideia nunca foi comercializada e, em 1930, a inventora americana Leona Chalmers patenteou o primeiro coletor modernizado, o Tass-ette, semelhante aos existentes atualmente. Com o passar dos anos foram feitas adaptações no material do dispositivo – a borracha vulcanizada deu lugar ao látex e posteriormente ao silicone cirúrgico, uma material mais hipoalergênico que os demais. O formato também mudou: os primeiros coletores eram considerados pesados e grandes, e adaptações foram feitas para o encaixe em quem tem o colo do útero mais alto ou mais baixo, mulheres jovens ou com filhos.

por que é tão desejado

O coletor é não é só uma boa opção para quem quer produzir menos lixo, mas também para quem sofre com as assaduras dos absorventes ou quer se livrar dos gastos a cada ciclo menstrual com outros métodos de absorção, dentre outras vantagens. Os preços são relativamente acessíveis e o custo-benefício compensa o gasto mensal com absorventes, já que a vida útil do copinho é de até 10 anos. Algumas pessoas, por outro lado, podem ter dificuldades com a adaptação ao método de coleta – o processo de inserção e retirada do coletor de dentro do corpo pode ser complicado e, se retirado da forma errada, pode causar dor. Algumas usuárias ensinam as melhores dobras para colocar o copinho no canal vaginal e recomendam que o pequeno cabinho da taça seja cortado para evitar desconfortos.

vale?

O coletor pode não ser a melhor escolha para quem não se sente bem ao ver sangue ou para quem tem um fluxo mais volumoso. Não é recomendado para quem nunca teve relações sexuais, já que o uso pode romper o hímen, nem para mulheres puérperas, que deram à luz nos últimos 40 dias antes do uso. O processo de retirada e lavagem do copinho para reutilização precisa de um ambiente com espaço, privacidade e água limpa acessível, e pode parecer um pouco complicado nos primeiros usos, mas promete melhorar com a prática. O uso do coletor também possibilita algumas diversões que costumam causar desconforto com os métodos de absorção, como um mergulho na praia. O material maleável facilita que o copinho se adapte ao corpo. O custo também pode parecer alto de início, mas é um investimento único e válido por anos.

onde comprar

O coletor pode ser vendido separadamente ou com algumas ferramentas de desinfecção, como copos ou panelinhas para a água quente, e pequenos estojos de tecido em sites especializados. Os preços podem variar entre R$ 69 e R$ 158, dependendo do kit escolhido.