Objeto de Análise -- Borracha de duas cores — Gama Revista
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Borracha de duas cores

Prima mais velha do corretivo, ela divide opiniões sobre sua eficácia para apagar caneta, mas é um clássico do material escolar

Andressa Algave 01 de Fevereiro de 2022
  • o que é

    Uma borracha retangular, de 4,7 centímetros de comprimento, 1,8 de largura e 0,7 de altura, confeccionada em látex, com uma fina listra branca na lateral e dividida em duas partes: um lado vermelho e macio e um lado azul um pouco mais rígido e abrasivo. A borracha de duas cores da empresa brasileira de produtos emborrachados Mercur é parte do imaginário escolar e traz nostalgia para muitos. Cada uma das partes tem funções diferentes. A vermelha é indicada para sumir com os erros escritos a lápis e lapiseira. Já a azul, composta por uma mistura de látex e pedra pomes, é indicada para apagar a tinta de canetas esferográficas e lápis de cor, embora esse seja um recurso controverso: há quem diga que ela de fato remove a tinta das canetas e quem defenda que não passa de truque de marketing. O debate é tão presente que há até vídeos no Youtube que testam a funcionalidade da borracha.

  • quem fez

    A borracha foi criada por volta de 1938, por Jorge Hoelzel, fundador da Mercur, após voltar da Alemanha com um mostruário de amostras de borrachas. Foi feita uma mistura de látex e pedra pomes inicialmente direcionada para apagar a tinta de canetas tinteiro, e posteriormente recomendada para apagar os lápis de cor. A peça de duas cores foi nomeada “Prima” por ser a pioneira a ter duas funcionalidades. Virou um item quase obrigatório do material escolar e é um dos mais vendidos pela empresa. Ao longo dos anos, a Mercur afirma ter aperfeiçoado sua produção: a Prima possui hoje 53% de produtos renováveis na composição, fator que reduz impactos ao meio ambiente na extração do látex das seringueiras.

  • por que é tão desejado

    Numa época em que não havia corretivos líquidos à disposição, a borracha de duas cores era uma das únicas esperanças de corrigir aqueles erros feitos à caneta. A sugestão da empresa é ter cuidado ao usar a parte azul no papel ou restringir o uso desse lado mais abrasivo a superfícies mais resistentes, como cartolinas, madeira e tecido. A forma de “apagar” os escritos com canetas é passar a borracha cuidadosamente pela superfície do papel até que ele desgaste, removendo a maior parte da tinta. O processo vai fragilizar o papel, então a pedida é ter paciência e leveza nas mãos. Além disso, a borracha vermelha e azul é um clássico acessível – barato e de boa duração, dependendo do uso. E a nostalgia dos tempos de escola a coloca em um lugar privilegiado em relação a outras borrachas.

  • vale?

    É um produto barato, versátil e, segundo o fabricante, feito com látex local do sul do país, o que também o tornaria mais sustentável. Vale para desenhistas, estudantes que não abrem mão de anotar os conteúdos e quem mais faça uso de caneta e lapiseira no dia a dia. Não é mais prática do que um corretivo do tipo liquid paper, mas não mancha e pode ser usada em outras superfícies além do papel, seja para artesanato, ilustrações ou rascunhos. Para quem tem alergia ao látex, há outras alternativas.

  • onde comprar

    Em papelarias, supermercados, grandes varejistas e até lojas de artigos para artesanato. O preço da unidade varia entre R$ 0,79 e R$ 0,90. Para quem prefere a comodidade das compras online, o site da Mercur tem kits com três unidades por R$ 4,00 e, no também com borrachas variadas, por R$ 3,20.

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