O Faxina Podcast, lançado em 2020 por uma ex-faxineira brasileira que vive em Boston, ganhou nova temporada em fevereiro deste ano e irá liberar novos episódios mensalmente. As histórias são de faxineiros e faxineiras imigrantes ao redor do mundo, que foram varridas para debaixo do tapete e invisibilizadas. O primeiro episódio da segunda temporada fala sobre mãe e filha em busca de uma casa que lhes abrigue, dê trabalho e segurança. (Manuela Stelzer)
Se tem uma coisa que a pandemia de covid-19 escancarou é que as cidades, sobretudo as maiores, não estão preparadas para eventos desse tipo. Transportes públicos lotados e poucas alternativas a eles, parques fechados e a ausência de espaços amplos de lazer outdoor, por exemplo, são algumas faces do convite à aglomeração nos grandes centros urbanos. Pensando nisso, este especial do The Guardian analisou as propostas de quatro escritórios de arquitetura para um habitar mais amigável das cidades daqui para frente. As opções incluem a expansão da infraestrutura para bicicletas; a aposta em paisagens mais verdes e democráticas; o uso da tecnologia para monitorar a vida urbana e disponibilizar wi-fi para o trabalho ao ar livre; e a possibilidade estar a 15 minutos a pé de tudo que você precisa. A leitura dá uma dose de esperança ao imaginarmos um futuro possível nessas cidades dos sonhos. (Mariana Payno)
Morto na última sexta-feira (19.10), o designer italiano Enzo Mari tem a obra revisitada em uma retrospectiva na Triennale de Milão, com curadoria de Hans Ulrich Obrist e Francesca Giacomelli. Ao longo de sua carreira, Mari colaborou com diversas marcas de mobiliário, desenhou livros infantis como "O Ovo e A Galinha". Um de seus projetos comerciais mais conhecidos é um brinquedo: um quebra-cabeças de madeira que representa a silhueta de animais todos encaixados uns nos outros. Mas é sobretudo por suas ideias revolucionárias que Mari sempre foi celebrado e ganha relevância nos tempos atuais: para ele, o designer tem responsabilidade na comunidade e é um ator na construção social; a meta de seu trabalho foi a de colaborar para construir um mundo melhor. É deste impulso que nasceram iniciativas como “Autoprogettazione?” (projeto para um auto-design), uma linha de móveis de produção fácil, econômica e democrática, cujos desenhos e plantas de projeto são compartilhados livremente, e que pedem apenas madeira e pregos, podendo ser executados por qualquer um. (Guilherme Falcão)