Um manuscrito inédito, deixado pela escritora, desenhista, jornalista e militante Patrícia Rehder Galvão (1910-1962) é o ponto de partida para a peça “Pagú - Até Onde Chega a Sonda”, estrelada por Martha Nowill e com direção de Elias Andreato. A dramaturgia traz trechos originais do manuscrito de Pagú, entrecortados por relatos pessoais da atriz, em encontro improvável de dois mundos, separados por 63 anos. Estreia dia 1/12. (Manuela Stelzer)
Disponíveis em Brumadinho a partir do dia 19/11, as exposições “Quilombo: Vida, problemas e aspirações do negro” e “O Mundo é o Teatro do Homem” discutem teatro e jornalismo negro. São homenagens ao jornal Quilombo, que circulou de 1948 a 1950, e ao Teatro Experimental Negro, que pautou protagonismo e psicodrama em suas ações. As apresentações vão até julho de 2023, com taxa de R$ 50 para entrada. (Andressa Algave)
Colonialidade, crise ambiental, genocídio de povos originários e antirracismo estão entre os temas das peças do festival de teatro Mirada, que reúne algumas das melhores produções dos países íbero-americanos. O programa se espalha pelas unidades do Sesc em Santos até 18/9 e até 24/9 na capital Paulista. Entre os destaques, a versão de "Hamlet" do Teatro La Plaza, do Peru; e "Cuando Pases Sobre mi Tumba", do Uruguai, com Sergio Blanco. (Isabelle Moreira Lima)
Em cartaz até 7/8 no Sesc 24 de Maio, em São Paulo, a atriz Cláudia Abreu, conhecida por papéis icônicos em novelas, estrela monólogo que explora vida e obra da escritora britânica Virginia Woolf (1882-1941). O espetáculo “Virginia”, bancado pela atriz, apresenta não só a existência trágica da autora de “Mrs. Dalloway” e “Ao Farol”, que lutou contra a loucura e acabou se matando aos 59 anos, mas também suas alegrias e inspirações. (Leonardo Neiva)
A exposição interativa “A Beleza Sombria dos Monstros: 13 Anos da Arte de Tim Burton” reúne conceitos visuais dos maiores sucessos do pintor, ilustrador e cineasta. Inspirada no livro "A Arte de Tim Burton", a mostra usará de projeções em tecido, teatro de sombras, espelhos mágicos e realidade virtual para reproduzir o universo fantasioso do artista. De 8/5 a 14/8, na Oca do Parque Ibirapuera, com ingressos disponíveis online. (Andressa Algave)
Em 2020, a peça foi transmitida via streaming, por conta das regras sanitárias de distanciamento social, e agora chega aos palcos físicos. Baseada em livro homônimo de Fernanda Young, com direção de Mika Lins e atuação de Maria Ribeiro, que é colunista da Gama, o trabalho recebeu o Jabuti em 2019. O monólogo expõe o feminismo, o machismo, o assédio, a maternidade e o amor. Até fim de junho no Teatro Porto Seguro, em SP. (Manuela Stelzer)
Impossível não pensar na própria rotina quando vemos Gregório Duvivier subindo e descendo uma rampa instalada no palco. No mito grego que inspirou a peça homônima, Sísifo é obrigado a carregar uma pedra nas costas para sempre, até vê-la rolar e ter de repetir seu trajeto. Duvivier e Vinicius Calderoni adaptam o texto clássico com humor ao tratar de questões climáticas, existenciais, do mundo hiperconectado e do Brasil de hoje. Até 17/4. (Luara Calvi Anic)