Ao completar nove décadas de vida, o jornalista, escritor e imortal da Academia Brasileira de Letras diz que não pode reclamar: está saudável, cercado de família e amigos, mas que “não se pode ser totalmente feliz num país que é hoje um cemitério”. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Zuenir Ventura fala sobre a defesa da floresta, a CPI da pandemia, a velhice e o ano de 1968, além da importância da imprensa em tempos de desinformação. (Manuela Stelzer)
Irônico, cético, animado, leal, craque do texto, chefe sem chilique. O jornalista mineiro Geraldo Mayrink (1942-2009) é assim descrito por Humberto Werneck e Luis Nassif no site que reúne alguns de seus grandes escritos publicados nas principais revistas e jornais do país. É o trabalho de anos do filho Gustavo Mayrink, que mergulhou em caixas e pastas para organizar o acervo de cerca de 900 textos produzidos entre as décadas e 1960 e 2000. Mais do que uma reverência pessoal, diz Gustavo, a iniciativa pretende ser um tributo ao jornalismo. “É o resgate de parte fundamental da história da imprensa brasileira a partir de acontecimentos, lembranças e fragmentos que devem ser rememorados, jamais esquecidos.” Para quem visita o site, fica a oportunidade de um curso de estilo, ao observar a elegância com que Geraldo Mayrink cria perfis de artistas, resenha obras e conta histórias, além da vontade de ter conhecido o jornalista. O site funciona como uma revista digital e será atualizado em temporadas, com entrevistas raras, grandes reportagens, críticas de cinema, além de crônicas e ensaios. (Isabelle Moreira Lima)