No primeiro episódio do podcast sobre Clodovil Hernandes (1937-2009) acompanhamos a infância no interior paulista do menino estudioso, com dotes para a costura e mão para o desenho. Na vida adulta, apesar dos embates com o movimento gay, Clodovil foi um dos primeiros homens a se declarar homossexual publicamente. Essas e outras contradições estarão nos episódios seguintes que, por meio de entrevistas e pesquisa de áudio, vão acompanhar o apresentador e costureiro até a chegada em Brasília, como deputado federal. (Luara Calvi Anic)
Clarice Lispector é uma autora que sempre cativou, seja por seu legado literário ou pela personalidade única. Em “Clarice na Memória de Outros” (Autêntica, 2024), Nádia Battella Gotlib, uma das maiores especialistas na escritora, faz um mosaico de recordações de Clarice. Com textos de nomes como Chico Buarque, Lygia Fagundes Telles e Nélida Piñon, o livro cria uma rica colagem de recordações sobre essa mulher multifacetada. (Leonardo Neiva)
Um dos grandes pintores do século 20, o irlandês Francis Bacon (1909-1992), nome que revolucionou a forma de retratar a figura humana com um surrealismo biomórfico, ganha uma exposição no Masp a partir desta sexta-feira (22). "Francis Bacon: A Beleza da Carne", que fica em cartaz até 28 de julho, coloca um foco queer na obra do artista, reunindo 23 pinturas que nos mostram violência, excitação, erotismo e relações homoafetivas. (Ana Elisa Faria)
Ícone da noite paulistana e precursora da cena eletrônica no Brasil, Liana Padilha morreu nesta quarta-feira (20), aos 60 anos, em São Paulo. A cantora marcou as pistas de dança pelas quais passou com sua banda NoPorn, responsável por sucessos como “Baile de Peruas”, “Xingu” e “Cavalo”. Para celebrar a memória de Liana, Gama recomenda o primeiro álbum do duo, “Noporn” e o último, “ADORO DJs”. (Daniel Vila Nova)
Corpos estranhos e retorcidos, compostos de órgãos e membros sobrepostos e, ainda, com objetos anexados estão na mostra Carapaças, do artista visual paulistano Zé Vicente, que passeia pelas fronteiras da colagem, assemblage e escultura. Seis composições, algumas gigantes, sugerem as carapaças que nomeiam a mostra e que podem ser vistas como personagens a partir da subjetividade de quem as observa. De 23/3 a 13/4. (Isabelle Moreira Lima)