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O poder do hard rock na Guerra Fria

Você já deve ter ouvido o assobio que abre balada “Wind of Change”, um hit da banda de hard rock alemã Scorpions. Ela foi um sucesso estrondoso no Brasil, é apontada como responsável por um baby boom na França no início dos anos 1990 e, segundo investigação do jornalista americano Patrick Radden Keef, pode ter sido também uma importante peça de propaganda política. A partir de uma pista dada por um ex-funcionário da CIA de que teria sido a agência americana de inteligência a verdadeira autora da música (e não o vocalista do Scorpions, Klaus Meine, dono da voz rouca), Keef passa a investigar a origem da música e apresenta essa história no podcast “Wind of Change”. A ideia é que a balada pop seria uma arma cultural para influenciar os países do bloco soviético depois da queda do muro de Berlim em 1990. No podcast, ele nos leva por sua investigação que vai de Washington D.C a Kiev, e que ouve de agentes aposentados da CIA, como a fascinante Jonna Mendez, viúva de Tony Mendez, retratado em “Argo”, 2012, a nomes envolvidos na cena roqueira dos anos 1990, como o empresário Doc McGhee, que conseguiu o feito de levar bandas americanas como Bon Jovi e Skid Row à União Soviética. (Isabelle Moreira Lima)
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‘Cidadão Kane’ revisitado

Para quem gosta de cinema, não é nenhuma novidade exaltar o diretor prodígio Orson Welles ou sua obra-prima “Cidadão Kane”, considerada por muitos um dos maiores filmes de todos os tempos. Embora trate da conturbada produção de “Kane”, “Mank”, novo longa de David Fincher, no entanto, prefere não enfocar a trajetória do cineasta, e sim a de seu roteirista James L. Mankiewicz. Baseado num roteiro antigo, escrito pelo pai de Fincher, o projeto praticamente já nasceu como postulante ao Oscar, tanto por seu tema centrado nas glórias e mazelas de Hollywood quanto pelo talento por trás e em frente às câmeras. E as reações iniciais positivas parecem ter vindo só para confirmar essa aposta. Capitaneado por Gary Oldman no papel-título, o elenco é um dos quesitos mais celebrados e conta com Tom Burke na pele de Welles, Charles Dance como o magnata da imprensa William Hearst — em quem Kane foi inspirado — e uma elogiadíssima Amanda Seyfried vivendo a atriz Marion Davies. Já em cartaz nos cinemas brasileiros, a produção da Netflix chega às telas do streaming no dia 4 de dezembro. (Leonardo Neiva)
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Marina Abramovic está cansada da morte

Com os olhos profundos e os longos cabelos negros, ela trabalha sob risco de morte e já teve o coração partido inúmeras vezes: a artista sérvia Marina Abramovic — que ganhou notoriedade pop com a performance “The Artist is Present” (“A Artista Está Presente”), encenada pela primeira vez no Museu de Arte Moderna de Nova York em 2010 e com passagem pelo Brasil em 2015 — é conhecida por colocar o corpo e a própria vida à prova em seus trabalhos. Neste longo perfil publicado pelo site de design, arte e cultura It's Nice That, Abramovic discute o tema da mortalidade e fala de seu projeto mais recente, a ópera biográfica “The Seven Deaths of Maria Callas” (“As Sete Mortes de Maria Callas”), em que a vida e a obra das duas notórias artistas se fundem. (Guilherme Falcão)
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Histórias de crimes reais

O podcast Modus Operandi é feito para quem não deixa passar uma investigação criminal misteriosa ou narrativa de serial killer sequer. Com dois episódios por semana, as apresentadoras Mabê e Carol Moreira revisitam crimes emblemáticos no Brasil e no mundo e trazem para os ouvintes, além das histórias detalhadas, materiais de referência para quem quer se aprofundar nos temas: séries documentais já realizadas, reportagens e livros, entrevistas com profissionais que investigaram ou produziram conteúdos relacionados aos casos. Entre as histórias brasileiras já remontadas pela dupla estão o assassinato de Isabella Nardoni; o Caso Evandro, que deu origem ao podcast homônimo do jornalista Ivan Mizanzuk; e a história do Vampiro de Niterói, o assassino em série Marcelo Costa. (Laura Capelhuchnik)
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Memória em reconstrução

Como é tentar retraçar os vínculos com a própria origem quando nome, idioma e fé de antepassados foram alvo de apagamento histórico no Brasil? Esse é o tema do primeiro episódio de "Vidas Negras", um podcast original do Spotify com produção da Rádio Novelo, que rememora e celebra trajetórias de personalidades negras na história e na atualidade. Os episódios saem às quartas-feiras, conduzidos pelo jornalista Tiago Rogero, que analisa e entrelaça biografia e obra dessas figuras. Na estreia, dedicada à memória de descendentes africanos, sistematicamente apagada depois da vinda à força ao Brasil, Rogero fala sobre duas escritoras que narraram suas histórias: Carolina Maria de Jesus e Eliana Alves Cruz. E mostra que a resposta para remapear identidade e origem pode estar dentro de casa. (Laura Capelhuchnik)
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20 anos de MAM em um só lugar

Quando completa 20 anos de existência, o Clube de Colecionadores de Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo celebra sua longevidade com uma exposição que reúne destaques do acervo do museu e das coleções particulares do clube. Uma homenagem às 21 edições do clube, a exposição busca celebrar os artistas e obras que contribuíram para a rica história do MAM. Assinadas por nomes como Walter Carvalho, Maureen Bisilliat, Claudia Andujar, Barbara Wagner e Felipe Cama, as 107 obras serão exibidas no MAM de 13 de outubro a 1º de agosto de 2021. A exposição pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 12h às 18h. Os ingressos podem ser reservados no site do museu. É possível conferir uma prévia da exposição no perfil do MAM no Google Arts & Culture. (Daniel Vila Nova)
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A maior coleção de revistas do mundo

De acordo com o Guinness, livro de recordes mundiais, o britânico James Hyman é dono do maior arquivo de revistas do planeta, no qual reúne mais de 5 mil publicações e 150 mil edições. Há mais de três décadas, Hyman coleta todo tipo de material impresso que encontra, de revistas à panfletos, e os acomoda em um acervo de "cultura popular impressa", como ele mesmo denominou. Apesar da dificuldade que vive o mundo analógico, o colecionador diz que "é preciso sinergizar a revista física com o ambiente digital", e para o site It’s Nice That, compartilha uma pequena parte de seu tesouro, que inclui diversas capas psicodélicas e uma publicação descrita por Steve Jobs como "o Google em papel", entre outras raridades. (Manuela Stelzer)