Um relato sobre uma histerectomia. Mas também uma reflexão sobre identificação de gênero que vai além do não binarismo. E como falar de tudo isso de forma não-ocidental? Akwaeke Emezi, que nasceu na Nigéria e que, no Brasil, é mais popular pelo romance "Água Doce", conta neste texto para a The Cut sobre as dificuldades de sua cirurgia e como se identifica com os espíritos ogbanje, da cultura Igbo, da qual faz parte. Um texto envolvente e profundo que funciona como um teaser para seu best-seller, que a editora Todavia lança em setembro. (Isabelle Moreira Lima)
A revista de fotografia do Instituto Moreira Salles realiza a 10ª edição do seu festival com uma série de encontros virtuais, de 22 a 26 de novembro. Na terça (22), a artista Rosângela Rennó conversa com a jornalista Fabiana Moraes sobre o potencial da fotografia para revelar (e esconder) relações de poder. Já na quinta (25), a criadora do Arquivo da Memória Trans da Argentina, María Belén Correa, debate a relação entre fotografia, identidade de gênero e democracia com a escritora Amara Moira. A programação completa será transmitida de graça no Youtube e Facebook da Zum, com tradução simultânea e interpretação em Libras. (Amauri Arrais)
De acordo com a ONU Mulheres, o trabalho doméstico não remunerado representa de 10% a 39% do PIB dos países. Some isso a uma pandemia e ao fato de mulheres serem as principais responsáveis por todo o trabalho invisível que envolve a vida doméstica (já leu o quadrinho sobre a carga mental?), e é possível entender o tamanho do problema. Esse é o tema da reportagem da jornalista Noelia Ramírez para o El País. No texto, ela demonstra como, durante a quarentena, mulheres estendem suas jornadas madrugada a dentro para ficar em dia com suas tarefas, chegando a altíssimos níveis de esgotamento físico e mental.