Quantos filmes, séries e minisséries já foram feitos sobre Catarina II da Rússia, a Grande, a czarina iluminista que transformou o país no século 18? De Marlene Dietrich a Helen Mirren, incontáveis atrizes já encarnaram a personagem, que é encantadoramente feminista muito antes de qualquer manifestação clara pelo voto ou pela liberação feminina. A novidade de "The Great" (2020), nova série que conta a história de como uma menina aparentemente romântica toma o trono do marido, é a oportunidade de ouro dada a Elle Fanning, atriz que vive a protagonista, de fazer uma Catarina mais bem humorada, quase amalucada, que vai da inocência a Maquiavel sin perder la ternura. A série é uma invenção em cima do que conta a história, com personagens modificados, mais força nas tintas, e um timing de humor perfeito. Pedro, o marido de Catarina, por exemplo, une sadismo à autoestima do homem hétero branco que usa um colar de pérolas rebuscado para sentir-se mais próximo da mãe. A corte russa bebe vodca e quebra taças sem parar, o sexo corre solto em qualquer lugar do palácio, e os sacerdotes recorrem a cogumelos alucinógenos para ter visões mais claras sobre o que deve ser feito para o bem da Rússia. Disponível no StartzPlay, vale a assinatura e, como dizem por lá, huzzah!
Da tolerância zero à legalização, cada país tem suas regras. A série de reportagens especiais da Folha de S.Paulo Estado Alterado levanta o debate sobre os efeitos das diferentes políticas ao expor a maneira como nações dos quatro continentes lidam com a produção, distribuição e consumo de entorpecentes. Nos Estados Unidos, o Colorado já experimenta a possibilidade de legalização da maconha. Já o Uruguai, primeiro país a legalizar a droga, sofre desafios e críticas externas. O próximo especial, sobre a Bolívia, será publicado no dia 7 também com vídeos, gráficos, depoimentos e imagens sobre a situação dos entorpecentes no país.