O líder dos Racionais MC's recebe uma das maiores intelectuais do movimento negro brasileiro. Durante duas horas, duas das mais importantes figuras do Brasil contemporâneo debatem temas como racismo e a sociedade brasileira. Mais do que uma entrevista, Mano a Mano dá uma aula. Para quem deseja mais da filósofa, o 1º Festival Casa Sueli Carneiro tem uma programação inteira online e presencial. (Daniel Vila Nova)
Desvendando apelidos preconceituosos de plantas como judeu-errante e maria-sem-vergonha, a artista e pesquisadora Giselle Beiguelman apresenta “Botannica Tirannica”, que investiga a genealogia e a estética de nomes dados a plantas “daninhas”. Na exposição, estão categorizados em antissemitas, machistas, racistas, contra indígenas e ciganos, e acompanhados de vídeos e pinturas. Até 18/9, no MUJ, em São Paulo. (Leonardo Neiva)
O multiartista e ativista dos direitos civis Abdias Nascimento (1914-2011) ganha uma exposição de 62 obras no Masp, em São Paulo, poucos meses depois de ter ganhado um pavilhão inteiro no Inhotim (MG) dedicado a sua obra por dois anos. As duas exibições mostram como Abdias, importante militante da luta pela igualdade racial, combina cores numa bela celebração da cultura negra. Até 5/6 no Masp. (Isabelle Moreira Lima)
Se psicólogos e pacientes precisam ter os mesmos marcadores e identidades sociais, Gamajá questionou e buscou respostas. Aos entusiastas do tema, o Instituto Gerar oferece um curso de psicanálise, de março a junho, que mergulha no campo das relações raciais. A partir de um panorama ético, social e político da clínica, os psicólogos Fabiana Villas Boas, Kwame Yoanatan e Paulo Bueno vão abordar obras referências sobre o tema, como “Tornar-se Negro”, da psicanalista Neusa Santos Souza (foto). Inscrições pelo site. (Manuela Stelzer)
Inspirado por um livro dos Panteras Negras, o longa, destaque na Mostra de Cinema de Tiradentes, estreia nos cinemas brasileiros nesta semana. Dirigido pelo cearense Déo Cardoso, aborda o preconceito e o descaso com a educação na figura do protagonista adolescente Saulo, que é expulso da escola depois de reagir a um insulto racista. Quando mesmo assim se recusa a ir embora, ele acaba servindo como estopim para um levante estudantil. (Leonardo Neiva)
Em outubro de 2020, o Instituto Ibirapitanga realizou o encontro “Branquitude: racismo e antirracismo”, um convite para repensar as relações raciais no Brasil. A conversa virtual contou com a participação de nomes como Sueli Carneiro, Thiago Amparo e Flávia Oliveira. O sucesso foi tamanho que agora o Instituto lança um caderno homônimo, que organiza falas importantes do encontro. Nesta quinta-feira (12), às 18h30, uma live com a participação da colunista da Gama Winnie Bueno marca o lançamento do caderno com um debate sobre o tema. (Manuela Stelzer)
Foi por inspiração nas ideias compartilhadas com a hashtag #BlackTwitterNordestino que as jornalistas cearenses Larissa Carvalho e Sara Sousa se reuniram para montar o site Negrê. O portal, que completa um ano, reúne comunicadores dos nove estados da região e propõe mais diversidade de narrativas, abraçando o antirracismo nordestino como alternativa contra a xenofobia. Nesse tempo, o Negrê conquistou prêmios Neusa Maria de Jornalismo Negro e ampliou os canais, com podcasts e quadros no IGTV. (Andressa Algave)