Melhore seu pedido de desculpas
Pisou na bola com alguém? Melhor pedir desculpas. Mas não só: é preciso refletir sobre o que fez e agir no melhor timing e da melhor maneira possível
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1
Deixe esfriar, mas não perca o timing –
Se errar é humano, pedir desculpas é civilizado. Antes, porém, é melhor respirar fundo e se acalmar. Um bom pedido de desculpa se faz depois de refletir sobre o ato e suas consequências. E isso só é possível de cabeça fria. Mas não espere tempo demais para não prolongar a angústia e a culpa. O constrangimento pode crescer com o tempo, o que torna o pedido mais difícil. Em alguns casos, sem esse pedido, o mal-estar pode se instalar para sempre. -
2
Reflita sobre que males causou –
Para que o pedido de desculpa não seja protocolar, é essencial demonstrar uma tentativa honesta de entender o que você causou à pessoa. Inicie a conversa com o pedido de desculpas e um palpite sobre o tamanho dos problemas trazidos por você e o que eles fizeram o outro sentir, sugere a especialista em comunicação não violenta, Carolina Nalon. -
3
Saiba ouvir –
Depois de falar, escute. Abra espaço para que a parte ofendida possa falar. Imagine como a outra pessoa pode ter se sentido e, mais uma vez, pergunte a ela se foi esse o caso – mas atenção, não imponha, pergunte. O mais importante: ouça de verdade a resposta. Parece fácil, mas ouvir é um exercício de concentração e abertura. -
4
Desculpa é desculpa –
Há uma frase famosa atribuída a Benjamin Franklin que diz: “não transforme uma desculpa em uma justificativa”. Por mais que seja importante explicar os motivos para que o outro entenda as motivações, primeiro vem a empatia e, depois, a autenticidade — ou seja, falar dos nossos próprios sentimentos e necessidades. Se você quer pedir desculpas, vá aberto, não com a intenção de se justificar ou com a ideia de que a outra pessoa que tem que compreender os seus motivos. -
5
Não cometa sincericídio –
Há quem confunda autenticidade com sinceridade sem filtro. No exemplo anterior, seria chegar e dizer: “Desculpa pelo atraso, mas acho que você deveria ser mais flexível, você se importa demais com horários”. Esse comportamento é o oposto do que deve ser feito. Não se trata de tentar reverter a situação, implicando e julgando o outro. O objetivo final é abrir espaço para uma conexão que gere entendimento. Incriminar o outro só atrapalha. Na dúvida, segure tudo que viria depois da palavra “mas”.