Sonia Guimarães: "É o ensino que me dá forças para continuar" — Gama Revista
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Foto de divulgação com ilustração de Isabela Durão

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Podcast da semana

Sonia Guimarães: "É o ensino que me dá forças para continuar"

Doutora em física pela Universidade de Manchester, a professora do ITA fala sobre racismo e o peso do pioneirismo e diz que trazer mais jovens para a ciência é sua “missão de vida”

Isabelle Moreira Lima 13 de Outubro de 2024

Sonia Guimarães: “É o ensino que me dá forças para continuar”

Isabelle Moreira Lima 13 de Outubro de 2024
Foto de divulgação com ilustração de Isabela Durão

Doutora em física pela Universidade de Manchester, a professora do ITA fala sobre racismo e o peso do pioneirismo e diz que trazer mais jovens para a ciência é sua “missão de vida”

Sonia Guimarães é uma pioneira. É a primeira mulher negra doutora em física do Brasil e a primeira também a lecionar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), antes mesmo que fosse permitido que alunas mulheres estudassem na instituição. Apesar de dar aulas há décadas, ela não perde o entusiasmo quando fala sobre a prática: “É o ensino que me dá forças”, disse ao Podcast da Semana especial do Dia dos Professores.

Guimarães diz que sua “missão de vida” é levar mais alunos para as ciências. Ela também não se intimida com inovações tecnológicas e vem atualizando sua forma de ensinar. A inteligência artificial, por exemplo, fez com que ela passasse a pedir que em vez de textos os alunos entregassem vídeos ou fizessem experimentos.

“Agora eu quero opiniões, as minhas respostas têm que ser uma coisa da pessoa, não aquela coisa que já está nas enciclopédias, que já está no chat GPT”, afirma a professora doutora em física pela Universidade de Manchester, no Reino Unido.

Expansiva e apaixonada, a docente conta casos de pessoas mais jovens que dizem que ela abriu caminho para elas. Mas conta também que paga um preço alto por ser a primeira e como sente o racismo. “Esse pioneirismo foi a pior coisa que me aconteceu. Eles não me querem… Até hoje, eu tenho colega de trabalho que entra correndo na sala pra não me dizer bom dia. Tem a ver com que eu não deveria estar aqui. Eu não sou o tipo, né? Eu não sou homem, branco, eu não deveria estar dando aula nesse instituto”, afirma.

Na entrevista, Guimarães fala sobre sua trajetória, sobre a paixão pelas ciências e sobre o que faz de alguém um bom professor.

Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima

No link abaixo e também no Deezer, no Spotify, no Apple Podcast e no YouTube, você escuta este episódio.