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Conversas“A pandemia é um problema pequeno perto do aquecimento global”
Professor e ambientalista Alexandre Araújo Costa explica como será viver em um mundo mais quente e por que é importante mudar toda uma estrutura global para se conseguir alguma melhora de cenário
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“A pandemia é um problema pequeno perto do aquecimento global”
Professor e ambientalista Alexandre Araújo Costa explica como será viver em um mundo mais quente e por que é importante mudar toda uma estrutura global para se conseguir alguma melhora de cenário
Em suas redes sociais, vídeos e postagens, o ambientalista Alexandre Araújo Costa está sempre se desdobrando para esmiuçar, com analogias e dados científicos, as consequências do aquecimento global. Conversar com ele é como entrar em contato, na vida real, com um dos cientistas de “Não Olhe para Cima”, o filme catástrofe da Netflix que narra com sarcasmo a desventura do grupo que tenta alertar sobre o choque iminente de um meteoro com a Terra.
“As pessoas não estão olhando para cima. O meteoro está caindo em câmera lenta em Itabuna, em Capitólio, em Nova Orleans… Cada tragédia dessa é um pedaço desse enorme meteoro”, compara, fazendo ele próprio a ligação entre a tragédia das telas aos desastres recentes no Brasil e mundo de hoje.
A tarefa, que às vezes parece inglória, é encarada como missão de vida pelo professor da Universidade Estadual do Ceará, que tem pós-graduações em Ciências Atmosféricas nas universidades do Colorado e de Yale, nos EUA. Pai de três filhos e “tutor de oito felinos e uma leporídea”, como se define nos perfis, mantém desde 2017 um blog e canal no Youtube, com o sugestivo nome de “O que você faria se soubesse o que eu sei?”.
Nos canais e nas redes, Costa está sempre publicando novos conteúdos em que tira dúvidas sobre as mudanças climáticas, desmente mitos propagados por negacionistas do clima e desconstrói discursos ambientais oportunistas de governos e empresas. Tudo para tentar minimizar os impactos de um processo destrutivo que já está em curso, mas que, como alerta, pode ser maior.
“A pandemia é um problema pequeno perto do aquecimento global”, afirma. “Desde o impacto do bólido espacial que dizimou os dinossauros, nenhuma mudança na composição química da atmosfera foi tão violenta quanto a de hoje. Estamos pegando carbono fóssil estocado há milhões de anos e colocando de volta à atmosfera em um ritmo de décadas, o que é extremamente perigoso.”
Na conversa com Gama, o professor e ambientalista explica ainda como eventos extremos como secas, enchentes e furacões vão se tornar ainda mais frequentes e por que acredita que uma mudança no nosso modelo de consumo e o combate às desigualdades podem ajudar a viver num mundo com um clima cada vez mais hostil.
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G |2021 foi o sexto ano mais quente desde que a temperatura da Terra começou a ser registrada, em 1880, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA e a Nasa. Já são 45 anos seguidos com temperaturas acima da média do século passado. Esses dados confirmam uma tendência que já era esperada ou vão além?
Alexandre Araújo Costa |Essa é uma tendência que já vem se configurando há bastante tempo. Especialmente a partir da segunda metade do século 20, temos percebido um aquecimento cada vez mais acelerado. E por que 2021 ficou entre quinto e sexto ano mais quente, dependendo da base de dados? Isso tem a ver com o fato de que o ano passado foi dominado por um evento de La Niña, que produz um resfriamento das águas superficiais do Pacífico equatorial. Se você tem uma anomalia de -1ºC numa larga área é suficiente para interferir na média global. Tipicamente, anos de La Niña puxam a temperatura um pouco para baixo, assim como eventos de El Niño puxam para cima. Se a gente descontar esse processo, na verdade o aumento seria maior. O segundo ponto é que, embora para o público em geral seja muito mais fácil entender o que é a média global da temperatura da superfície, essa não é a melhor variável para examinar o aquecimento global. A variável que tem mais capacidade de servir de inferência para a intensidade do aquecimento é a energia térmica oceânica. Os oceanos absorvem cerca de 93% do excesso de calor associado à intensificação do efeito estufa. Essa variável bate recorde todo ano porque o aquecimento global é um processo contínuo e cumulativo.
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G |No início da pandemia e dos isolamentos mais severos, alguns especialistas chegaram a comemorar um certo respiro em termos de produção de gases do efeito estufa. Esse dado entrou nessa conta?
AAC |Fiz um vídeo sobre esse tema em 2020 com o título “A pandemia vai conter o aquecimento global?” A resposta é não. Nós cientistas do clima não tínhamos nenhuma ilusão. Existe uma diferença muito fundamental entre os poluentes cujas concentrações diminuíram assim que houve a primeira série de lockdowns, a diminuição da aviação internacional e algumas atividades industriais. Basicamente, o que isso reduz é material particulado, principalmente fuligem. A retirada desse material que é responsável por aquelas fotos de Nova Déli com visibilidade impressionante. Um outro elemento que diminui são os óxidos de nitrogênio. Eles são produzidos, por exemplo, por um motor a combustão ou uma caldeira de uma siderúrgica. Na hora que você desliga isso, tem aquela qualidade do ar no sentido dos poluentes de curto prazo. Já os gases de efeito estufa são cumulativos. Eles permanecem na atmosfera em escala de décadas (caso do metano) e até séculos, no caso de CO2 e NO2. Então, basicamente, aquela redução fez cócegas no problema. A gente apenas deixou de emitir 43 bilhões de toneladas de CO2 para emitir 40. E como o que está havendo é um acúmulo, é como se tivéssemos deixado de despejar um pouco de lixo numa pilha que já existia. A recuperação econômica produziu uma retomada quase em “V” das emissões de gases de efeito estufa. Não dá para terceirizar para um vírus algo que é uma tarefa nossa, que precisa ser alvo de políticas públicas, mobilização da sociedade, de profundas transformações no nosso sistema energético, produtivo e alimentar.
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G |O ano começou já com essas tempestades devastadoras no sul da Bahia e em Minas e temperaturas recordes em Buenos Aires e outros locais aqui no sul do continente. Todos esses fenômenos estão ligados à emergência climática?
AAC |Sem dúvida. Não tem como, fisicamente, você esperar que uma atmosfera com 415 partes por milhão de CO2 se comporte da mesma maneira que uma atmosfera de 280 partes por milhão, como era a do período pré-industrial. No que diz respeito às chuvas, mas também às secas, períodos assim existiam, inclusive acompanhando eventos de El Niño e La Niña, mas esses processos todos estão modificados pelo aquecimento global. Isso é fácil de entender. O aquecimento global altera o ciclo hidrológico a partir de uma lei física que relaciona a quantidade de vapor d’água que a atmosfera pode conter e a temperatura. A cada 1ºC que a temperatura sobe, a atmosfera é capaz de armazenar de 6 a 7% de vapor d’água a mais. Isso tem uma dupla consequência. De um lado, uma atmosfera que demanda mais vapor d’água para saturar vai produzir taxas de evapotranspiração maiores, retirando mais rapidamente água dos reservatórios, extraindo mais umidade do solo e impondo um estresse maior à vegetação. Isso significa que secas agrícolas e hidrológicas vão ficar mais intensas e frequentes. Segundo o mais recente relatório do IPCC, o que nós temos hoje são secas 70% mais frequentes. Por outro lado, como é uma atmosfera com mais capacidade de armazenar vapor d’água, uma vez que satura, tem mais matéria-prima para produzir chuvas de maior densidade, incluindo tempestades severas e furacões. Eventos de precipitação extrema sobre os continentes, que ocorriam a cada dez anos, hoje estão 30% mais prováveis e 7% mais intensos. Vai ser pior do que isso quanto mais o planeta aquecer.
Na pandemia, deixamos de emitir 43 bilhões de toneladas de CO2 para emitir 40. É como se tivéssemos deixado de despejar um pouco de lixo numa pilha que já existia
NASA’s Scientific Visualization Studio
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G |A COP26, em novembro, começou com a meta de manter o aumento da temperatura da Terra em 1,5ºC até 2100, o que já seria insuficiente, mas terminou com muito poucos compromissos práticos nas políticas climáticas dos países. Que balanço o senhor faz do resultado da conferência?
AAC |Acho que temos de parar de dourar a pílula. A gente precisaria de uma mudança na estrutura de poder em escala global para impor de fato uma pressão nas COPs e dali sair algo de fato para enfrentar a crise climática. O Acordo de Paris foi o mais longe que conseguimos chegar. Foi possível finalmente costurar um acordo que refletia relativamente bem o consenso científico da época. Ele colocava textualmente que o compromisso dos países é controlar o aquecimento global em níveis muito abaixo de 2ºC em relação às temperaturas pré-industriais, envidando esforços para que fosse respeitado o limite de 1,5ºC. O problema todo é que não cita os combustíveis fósseis. Esses só foram aparecer, de forma ainda insuficiente, no Pacto de Glasgow, que foi esvaziado nos dois pontos fortes que chegou a ter. O primeiro é o banimento do carvão. Basta que usemos 7% das reservas de carvão e 25% das de petróleo e gás para estourar o limite de 1,5ºC [de aquecimento]. No final das contas, o banimento do carvão foi substituído pela redução gradual. O outro ponto era o que falava em encerrar os subsídios aos combustíveis fósseis, que no texto virou “encerrar os subsídios ineficientes” aos combustíveis fósseis. É óbvio que o balanço das COPs em seu conjunto não pode ser bom. As contribuições são sempre voluntárias. Se algum país violar qualquer regra do comércio internacional é imediatamente alvo de sanções. Com o clima não, você pode fazer qualquer coisa que não tem punição. O Brasil está aí aumentando o desmatamento e suas emissões. O máximo que pode haver é uma campanha de consumidores que boicotem produtos brasileiros. Com as promessas que estão postas hoje, se forem cumpridas, nós vamos para um aumento entre 2,4 e 2,7ºC [na temperatura média da Terra], o que é a receita de um desastre.
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G |Pode explicar o que significa 1ºC a mais na média da temperatura do planeta em termos práticos?
AAC |É o que temos hoje na Bahia e Minas, as ondas de calor que vimos no Canadá, os incêndios florestais na Austrália, Grécia e Turquia, as enchentes na Alemanha, Bélgica e China. Esse é o mundo de 1ºC, com um clima bem mais hostil que na era pré-industrial. Dá para viver com ele porque temos mais tecnologia, capacidade de adaptação. Como falei, seria necessário não só parar de jogar CO2 na atmosfera como retirar para voltarmos ao tempo pré-industrial. Isso não está ao alcance prático. [O aumento de] 1,5ºC é imaginar, em vez de 30% a mais de tempestades severas, 48% a mais. Em vez de 70% a mais de secas, 90%. Em vez de quintuplicar as ondas de calor, que eram fenômenos extremamente raros, tornamos esses eventos sete vezes mais prováveis. É submeter 70% dos corais do planeta à pressão do branqueamento, um fenômeno que tem a ver com o aquecimento das águas e resulta em perda de produção de alimento e oxigenação do ecossistema marinho. Esse é o mundo pelo qual estamos brigando. O mundo com 2ºC a mais é muito pior. Sendo direto, a pandemia é um problema pequeno perto do aquecimento global. Mesmo entre nós, que estamos lutando para reduzir o impacto, a atenção é muito menor do que deveria ser diante da gravidade do problema. As pessoas não estão olhando para cima. O meteoro está caindo em câmera lenta em Itabuna, em Capitólio, em Nova Orleans… Cada tragédia dessa é um pedaço desse enorme meteoro. Deveria ser a manchete todos os dias da grande mídia, estar no centro da agenda de todo governo.
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G |Os negacionistas do clima costumam dizer que não existe aquecimento global, que o planeta vive ciclos e costumam comparar diferentes períodos históricos. Como as alterações climáticas atuais se comparam com mudanças que ocorreram no passado?
AAC |É altíssima a dose de confiança de que não há nenhum paralelo entre o aquecimento atual e qualquer coisa vista nos últimos 2 mil anos. Temos um arsenal gigante de possibilidade de recuperação das informações dessa faixa de tempo, como anéis de árvores, colunas de gelo nos mantos da Groenlândia e Antártica, formação de estalagmites. Uma tese apresentada em 1999, encabeçada por um colega estadunidense Michael Mann, professor da Universidade de Pensilvânia, conseguiu informações de até 1 mil anos atrás, e teve uma ligeira, gradual mudança da temperatura ao longo desses anos. De repente, em meados do século 19 para o século 20, a temperatura subiu quase na vertical. Esse trabalho foi confirmado em todos os estudos depois. Mas não só isso. Hoje, a gente consegue recuperar a temperatura em um passado muito mais remoto. Há 23 mil anos, o planeta era 4°C mais frio do que no período pré-industrial. O que aconteceu entre essa época, na era glacial, e 11.700 anos, o início do Holoceno: o aquecimento global natural, levou mais de 10 mil anos para o planeta aquecer 4ºC. Hoje o planeta aqueceu 1,1ºC em 100 anos, é quase 30 vezes mais rápido. Durante todo esse período, o CO2 ficou entre cerca de 180 e 298 partes por milhão. Hoje, estamos com 415 partes por milhão. Posso afirmar que, no mínimo, nos últimos 76 milhões de anos, desde o impacto do bólido espacial que dizimou os dinossauros, nenhuma mudança na composição química da atmosfera foi tão violenta quanto a de hoje. Estamos pegando carbono fóssil estocado há milhões de anos e colocando de volta à atmosfera em um ritmo de décadas, o que é extremamente perigoso.
Nos últimos 76 milhões de anos, desde o impacto do bólido espacial que dizimou os dinossauros, nenhuma mudança na composição química da atmosfera foi tão violenta
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G |Nos últimos anos, tem se falado bastante no aumento do nível dos oceanos e de como cidades costeiras podem desaparecer se continuarmos no ritmo de aquecimento atual. O que antes pareciam previsões catastrofistas está de fato ocorrendo?
AAC |A questão não pode ser tratada de maneira isolada, mas é talvez a mais irreversível de todas. Mesmo no melhor cenário, contendo o aquecimento em um 1,5ºC, podemos esperar elevações de quase um metro ao final deste século, indo a um metro ou mais nos séculos seguintes. Um metro em muitos locais não parece muito, mas é preciso somar às marés. Você vai somando esses números e pode chegar a vários metros de impacto e isso compromete a existência de cidades costeiras não apenas do ponto de vista da ocupação física. Parte das fontes de água para comunidades costeiras e algumas cidades litorâneas é o lençol freático, que em geral é água de altíssima qualidade. Se o mar avança, a pressão da água salgada entra por baixo e ocupa o lençol freático. Outra coisa é a rede de esgoto, o mar avançando vai fazer o esgoto subir. Isso em um suposto bom cenário. O problema é que estamos indo por uma rota que é muito além disso, com consequências de curto, médio e longo prazo gravíssimas. Estamos pondo em risco de desestabilização boa parte da calota polar da Groenlândia e da Antártica. Isso facilmente compromete, em escala de séculos, o planeta com uma elevação irreversível de até 5 metros. Expondo uma pequena fração desse gelo ao derretimento, nós já estamos comprometendo as zonas costeiras do planeta a uma elevação em vários metros.
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G |Nos últimos anos, ouvimos falar com mais frequência expressões como injustiça ambiental e racismo ambiental. Como as mudanças climáticas atingem de maneiras diferentes populações mais vulnerabilizadas?
AAC |Todas essas graves crises expõem essas camadas de desigualdade de maneira muito explícita. A pandemia expôs. Historicamente, existe uma diferença violenta de responsabilidade e contribuição de cada país para o aquecimento global. O maior da história são os EUA, embora hoje na taxa anual a China tenha ultrapassado. Um cidadão médio dos EUA emite cerca de 16,5 toneladas de CO2 equivalente por ano. Uma pessoa que está entre os 10% mais ricos emite 50 toneladas por ano. É 500 vezes o que um habitante do Malawi emite. E não estamos falando de bilionários. A pegada de carbono de um [Jeff] Bezos, [Elon] Musk, [Bill] Gates e companhia é mais do que milhares de pessoas. Mas quando vamos falar dos impactos, essa situação se inverte. Em geral, a capacidade de enfrentamento de uma catástrofe climática tem a ver com a infraestrutura construída e com a riqueza do país. Em uma catástrofe como o ciclone Idai, países como Moçambique e Malawi sofrem muito mais e perdem vidas. Isso se relaciona com a questão étnico-racial, questões de gênero. O ônus sobre as mulheres é maior. Mesmo antes do aquecimento se tornar um tema tão central, a gente falava das viúvas da seca do Nordeste brasileiro, mulheres que passavam a lidar sozinhas com o sustento da família porque seus companheiros iam atrás de emprego no Sul-Sudeste e não voltavam. Há ainda a injustiça geracional. A recusa da nossa sociedade em puxar o freio de mão do consumismo desvairado, essa roda insana de extração, produção, consumo e descarte que move o capitalismo e que se dá às expensas do futuro, das outras gerações. Não à toa é um dos motivadores principais dos levantes recentes da juventude no combate à crise climática.
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G |O senhor tem um blog e um canal chamado “O que você faria se soubesse o que eu sei”, o que me remeteu aos cientistas do filme “Não Olhe para Cima”. Pensando na situação de vocês, que vêm alertando há anos para os efeitos dessa emergência climática, em que ponto da história estamos? Ainda é possível reverter uma catástrofe?
AAC |O que nós podemos é almejar um mundo um pouco pior do que temos exatamente agora, que é um mundo de 1,5ºC [de aumento da temperatura]. Com uma postura diferente em relação à natureza, se portando como responsáveis com o planeta das gerações futuras, dá para a gente administrar um mundo pior do ponto de vista climático. Do ponto de vista social e econômico, se nós nos livrarmos dessa profunda desigualdade e consumismo, acho que conseguimos ter, no fim das contas, um mundo melhor em um ambiente ligeiramente mais hostil. O ponto é que a manutenção das coisas como estão apontam para o pior dos mundos: o ambiente muito mais hostil do que o mundo de 1,5ºC e não apenas a perpetuação, mas o aprofundamento das desigualdades que temos hoje. A pandemia foi uma amostra terrível de como as tragédias produzem bilionários. Todo dia estamos empurrando milhões de pessoas para a pobreza e a fome, não somente no Brasil. Sem tocar nisso, não conseguimos resolver nada. A palavra de ordem do movimento climático é: “mude o sistema, não o clima”. Tentar manter o sistema climático mais parecido com o que ele era nos tempos pré-industriais, afastá-lo o menos possível daquelas condições que permitiram aos nossos ancestrais construírem a civilização que temos hoje.
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