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ConversasAzaghal: 'Quando você atinge muita gente, você muda a cabeça de muita gente'
O empreendedor, apresentador e cocriador do Jovem Nerd fala sobre negócios, diversidade e criação de conteúdo no mundo geek
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Azaghal: ‘Quando você atinge muita gente, você muda a cabeça de muita gente’
O empreendedor, apresentador e cocriador do Jovem Nerd fala sobre negócios, diversidade e criação de conteúdo no mundo geek
No dia 4 de dezembro de 2020, Deive Pazos, 46, foi dormir tranquilamente. Ele, que na internet é conhecido como Azaghal, estava tranquilo – sabia que o financiamento coletivo que estava prestes a lançar oferecia um bom produto ao público. Se seu parceiro de negócios, Alexandre Ottoni, 43, estava ansioso e mal conseguia dormir, Pazos manteve-se calmo. “O que será, será”, pensou. Ao acordar, uma enorme surpresa. Em cerca de meia hora, o projeto “NerdCast RPG: Coleção Cthulhu” arrecadou os R$ 300 mil necessários para viabilizar a produção dos quatro livros que o financiamento coletivo projetava. Duas horas depois, mais uma marca expressiva – R$ 1 milhão. E, em menos de 24 horas, a campanha tornou-se a o maior financiamento coletivo de um projeto criativo na América Latina, arrecadando mais de R$ 3 milhões.
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“Nem na nossa previsão mais otimista o valor chegava perto do número que alcançamos”, afirmou Pazos. Ao final de quase dois meses de campanha, R$ 8.519.827,00 foram arrecadados e 19.358 pessoas apoiaram a iniciativa. “É muito gratificante ver 20 mil pessoas apoiando um projeto de literatura nacional, com histórias brasileiras.” O financiamento coletivo era baseado em uma das principais atrações do Jovem Nerd, site criado por Ottoni e Pazos. O “NerdCast RPG” é um podcast narrativo que acompanha as partidas de RPG – jogo de interpretação de papéis – dos integrantes do Jovem Nerd. O programa é um derivado do NerdCast, podcast criado por Ottoni e Pazos, e é editado e sonorizado por ambos. Ao longo dos anos, o programa ganhou uma legião de fãs e diversos livros sobre os personagens e os universos explorados no podcast.
Divulgação
O sucesso estrondoso pode ter sido uma surpresa para seus criadores, mas para quem os acompanha há mais de 20 anos não o foi. Não é exagero dizer que os dois são duas das figuras mais influentes da internet brasileira. Criado em 2002, o Jovem Nerd foi um dos primeiros blogs nacionais dedicado à cultura nerd e até hoje é um dos mais influentes. Assumindo as alcunhas de “Jovem Nerd” e “Azaghal”, Ottoni e Pazos criaram um blog com piadas e notícias nerd. Ottoni era webdesigner e Pazos administrador de um motel, mas em 2006 eles se estabeleceram como um dos precursores do podcast no país e criaram o NerdCast, programa de áudio que durante muitos anos foi o podcast mais escutado do Brasil. Atualmente, ele conta com mais de 800 episódios e 1 bilhão de downloads.
Com o crescimento do site, outras frentes foram criadas ao longo dos anos. A NerdStore – loja especializada em cultura nerd –, o selo NerdBooks – editora que publica livros e quadrinhos originais – e o NerdBunker – veículo de imprensa especializada em cultura nerd –, se tornaram partes integrais do negócio. No setor de conteúdo, produções em vídeos passaram a fazer parte da grade semanal do site. Programas como NerdOffice – onde Jovem Nerd e Azaghal comentam as novidades do mundo nerd –, NerdPlayer – onde eles jogam videogames –, e Nerdologia – vídeos sobre ciência e história com uma pegada nerd –, se tornaram atrações fixas.
Além de apostar em especiais como o NerdCast de RPG, o grupo Jovem Nerd também passou a diversificar seus colaboradores e prezar por pessoas de origens diferentes em seus programas. As mudanças, no entanto, vieram depois de uma série de críticas relacionadas ao machismo presente em diversos programas do site. “Nós sabemos que o Jovem Nerd faz parte de uma bolha, mas a intenção é que, cada vez mais, tenhamos mais e mais visões de mundo dentro do site”, relatou Pazos.
A expansão do império nerd de Ottoni e Pazos chamou a atenção de uma gigante brasileira. Em abril de 2021, a Magalu anunciou a compra do Jovem Nerd e de todos os conteúdos produzidos pelo site. “Somos uma nova unidade de negócios dentro da Magalu. Um novo braço voltado para a criação de conteúdo e publicidade”, disse Pazos. Nos últimos dois anos, a plataforma digital de varejo criada por Luiza Trajano adquiriu 21 empresas dos mais diversos segmentos. “Trouxemos nossa visão de como vender conteúdo e publicidade, algo que eles não faziam até então.” Hoje, Ottoni e Pazos fazem parte do ecossistema Magalu e participam de diversos comitês que falam sobre negócios, tendências e mundo digital dentro da empresa.
Em conversa com Gama, o empresário Deive Pazos falou sobre empreendedorismo no mundo nerd e digital, os futuros empreendimentos do Jovem Nerd e a atual situação da cultura nerd.
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G |Você está na internet desde que tudo era mato. Como você enxerga a evolução da cultura nerd ao longo dos anos? Quem é o “nerd” hoje?
Deive Pazos |Antes, essa temática era muito nichada. Uma série, um filme, um quadrinho, você só achava esses produtos em lojas especializadas ou pegando emprestado de amigos. Essa cultura foi se popularizando ao longo dos anos e hoje é uma algo popular e de massa. Em boa parte, por conta do Universo Cinematográfico Marvel e do Universo Cinematográfico DC. O sucesso desses filmes trouxe essa cultura, que era bem nichada, para uma massa enorme de pessoas que assistem heróis no cinema, mas que não necessariamente vão ler os quadrinhos. A tecnologia também foi muito importante nesse processo. Nos anos 70, quem queria mexer em um computador tinha que saber como ele funcionava. Os grandes representantes das empresas de tecnologia, como Bill Gates e Steve Jobs, eram os nerdões modelo. Hoje, a pessoa que têm um smartphone na mão sequer sabe como ele funciona, é algo que faz parte do dia a dia. O que antes era nichado, hoje faz parte da vida das pessoas — do filme da Marvel ao smartphone.
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G |Cada vez mais, o nerd é escutado por grandes corporações de cinema, de séries e de videogames. A opinião desse grupo é capaz de mudar destinos de personagens, roteiros de filmes e influenciar na escolha de atores. Você acredita que isso é algo positivo? E, considerando essa nova dinâmica, qual você acha que será a consequência para a indústria do entretenimento?
DP |Isso pode ou não ser algo bom, vai depender muito dos envolvidos na obra. Existem filmes em que o público quer muito um ator ou uma atriz específica, mas que essa escolha não funciona na história que será contada. É legal quando rola esse agrado aos fãs, como aconteceu no último filme do Homem-Aranha, mas quando o diretor não tem o pulso firme ou segurança no próprio trabalho, ele pode sofrer muita pressão dos executivos dos estúdios para fazer o que o público quer. Quando isso acontece, você perde a parte autoral. Os efeitos especiais estão em todos os filmes, mas o que torna um longa ou uma série boa é a história. Se você abrir mão disso para fazer o que o público quer, você perde uma boa história. “Guardiões da Galáxia” (2014), por exemplo. Ninguém queria um filme sobre esse grupo, eram personagens que eram um nicho dentro do nicho dos quadrinhos. Mas o James Gunn fez um filme incrível que calou a boca de todo mundo. Talvez, se ele só adaptasse uma saga famosa dos quadrinhos, nós nunca teríamos um filme como esse. No final, o roteirista e o diretor tem que entender quais demandas do público fazem sentido dentro da história que eles querem contar.
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G |Ao longo dos anos, vocês do Jovem Nerd criaram inúmeros conteúdos relacionados ao mundo nerd. Como vocês definem qual será o próximo passo?
DP |Nós estamos sempre ligados no que está acontecendo, testando novas tecnologias e tendências. O NerdOffice funciona para a gente como um laboratório de formatos de vídeo, programas como NerdPlayer e Nerdologia nasceram dentro do NerdOffice e depois viraram um programa com grade própria dentro do Jovem Nerd. O NerdCast de RPG, por exemplo, era uma vontade antiga nossa, mas sempre adiamos pois sabíamos que ia dar um trabalho gigantesco. Hoje, é um dos nossos principais produtos e onde nós criamos propriedades intelectuais próprias. Acabamos de estrear no TikTok com o “Desencaixa”, onde abrimos a embalagem de produtos em vídeo. Durante um tempo, não conseguimos enxergar um conteúdo que fosse bacana para a plataforma, mas nossa equipe sugeriu o formato de unboxing e nós gostamos. O processo é sempre na base da experimentação, mas nem tudo dá certo. Não existe fórmula na internet. Há alguns anos atrás, tínhamos um programa chamado “NerdVlog 360”. A internet estava eufórica com a câmera 360 e o YouTube estava incentivando os criadores a fazer conteúdo em 360. Nós testamos esse formato com um vlog, filmamos nosso dia a dia e curtimos o resultado, mas foi um projeto que não deu certo. Ninguém consumia o conteúdo da forma que ele tinha que ser consumido, com realidade virtual. Nós também criamos uma rede social, a SkyNerd. A ideia era deixar o site do Jovem Nerd mais interativo, mas acabamos nos empolgando e criamos uma rede social. Só que existem muitos gastos e dores de cabeça envolvidas em gerenciar uma rede social, então acabamos não levando o projeto adiante.
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G |Além das diversas atrações no YouTube, o Jovem Nerd produz inúmeros podcasts, tem um site de notícias, um selo de livros e, durante muitos anos, tinha uma loja própria. Qual é a importância de diversificar os negócios?
DP |Nós começamos lá atrás, quando mal havia um mercado. Na época dos blogs, todo mundo dependia de AdSense [serviço de publicidade oferecido pelo Google] e links patrocinados para suas rendas. Quando o Google mudou seu formato de indexação [forma em que o conteúdo online é organizado e distribuído], a maioria dos blogs deixaram de existir. Nós aprendemos desde cedo que você não pode apostar tudo no mesmo lugar, é necessário diversificar. Houve épocas em que nosso faturamento era cinquenta por cento do site e cinquenta por cento da NerdStore, nossa antiga loja. Nós também fazíamos bastante eventos e palestras, fazíamos publicidade direta. Publicidade no começo do ano é terrível, mas no final do ano é bom. Se você depender desse dinheiro, morre de fome. É importante ter outras fontes de renda que complementem o volume todo do seu faturamento como empresa.
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G |Qual é o principal desafio na hora de monetizar conteúdo digital?
DP |Lá atrás, o público tinha uma rejeição a monetização do conteúdo online, existia uma percepção de que esse conteúdo deveria ser gratuito. Mas quem está trabalhando e doando todo o seu tempo para criar para internet tem que se sustentar de alguma forma. Nós sempre batemos nessa tecla e, felizmente, hoje não há mais rejeição do nosso público sobre esse tema. Eles entendem a necessidade de uma publicidade existir no programa, sabem que é assim que pagamos as contas. Percebo que esse tipo de movimento se repete com novos formatos. No TikTok, por exemplo, é mais difícil monetizar. O algoritmo da plataforma é diferente de outras redes sociais, ainda não há um modelo de monetização consolidado como em outras plataformas. É difícil fazer um vídeo publicitário no TikTok. Quando o público saca que é uma publicidade, eles jogam para cima e vão pro próximo vídeo. Nos nossos programas, a propaganda está inserida dentro do conteúdo [é comum ver atrações patrocinadas no Jovem Nerd, onde o assunto discutido é também o assunto patrocinado]. Mas como você faz isso em um vídeo de um minuto? E, se você botar a publicidade no final do vídeo, o público também vai passar para cima. São esses os desafios de monetizar os novos conteúdos.
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G |Em que momentos vocês entenderam que não eram só produtores de conteúdo, mas sim empresários? O que mudou com essa percepção?
DP |Criamos o Jovem Nerd como um blog pessoal de piadas e conteúdos engraçados para amigos. O site cresceu e saiu da nossa bolha, começou a ser acessado por outras pessoas. O portal iG notou e entrou em contato para fazer uma parceria, logo viramos PJs. Quando começamos a pagar um contador, percebi que o negócio tinha que ser sério. Não tem como ficar pagando para ter um hobby. Nós não tínhamos um business plan, fomos criando a empresa na tentativa e erro. Vivemos o empreendedorismo e aprendemos ao longo da jornada. Chegou um determinado momento em que nós percebemos que éramos empreendedores. Quando notamos isso, começamos a criar conteúdo sobre essa temática. Fizemos o “Expresso Empreendedor”, um NerdCast especial onde conversamos com outros empreendedores. Hoje, fazendo parte da Magalu, o cenário do Jovem Nerd mudou bastante em termos de estrutura, mas nós continuamos empreendendo.
Todo filme nerd faz um milhão de dólares
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G |Seja no Nerdcast, no NerdOffice ou no NerdPlayer, é comum que vocês criem programas que se baseiam em obras da cultura nerd. Vocês, no entanto, também produzem conteúdos originais como o NerdCast de RPG, os livros da NerdBooks e o Sr. K Responde. Vocês se veem saindo da posição de somente comentar a produção de terceiros para produzir conteúdo cada vez mais original?
DP |É isso que nós queremos fazer. O nosso trabalho era comentar a cultura nerd, mas com o NerdCast de RPG as coisas mudaram. Quando lançamos o NerdCast de RPG, sem querer, passamos a criar propriedades intelectuais. O programa se tornou nossa chocadeira de ideias – Ruff Ghanor e a fantasia medieval, Ozob e a ficção cyberpunk e obras baseadas nos trabalhos do H.P. Lovecraft. Temos uma série de livros e quase todas as histórias são derivadas do que foi criado no NerdCast de RPG. Vamos continuar comentando cultura pop, mas também queremos jogar nossas histórias para o mundo. E não só no NerdCast de RPG, queremos essas histórias em outras plataformas de streaming, no cinema, na TV, em jogos de videogame. Queremos ter nossas propriedades intelectuais comentadas pelo mundo.
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G |Com o NerdCast RPG: Coleção Cthulhu vocês arrecadaram oito milhões e meio de reais e se tornaram a maior campanha de financiamento coletivo de um projeto criativo na América Latina. O que o NerdCast de RPG significa para o Jovem Nerd?
DP |O NerdCast de RPG é o ápice da nossa criatividade. Pegamos jogos de RPG de 14 horas e transformamos em um produto final de três horas, um podcast totalmente sonorizado e imersivo. Recebemos feedback de ouvintes que choram em determinados momentos da história. É muito gratificante ver que todo o trabalho que nós tivemos editando NerdCasts ao longo dos anos culminou nisso. Ver que nosso produto se transformou em uma obra artística que emociona as pessoas é a realização de um sonho.
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G |Nos últimos anos, o Jovem Nerd agregou uma série de novos colaboradores e se tornou um ambiente mais diverso. O que motivou essa mudança? Qual é a importância dela e qual é o impacto dela na produção de vocês?
DP |No começo, o Jovem Nerd era uma bolha. Eu e o Alexandre somos dois cariocas da zona sul do Rio de Janeiro, essa era a nossa visão. O site nos gerou oportunidades de conhecer pessoas diferentes com histórias e perspectivas diferentes. Queríamos que esses pontos de vista diversos também estivessem nos nossos programas. Quando temos dúvidas sobre algum assunto, consultamos nossos colaboradores e recebemos opiniões diversas, o que facilita saber qual caminho seguir. Todo mundo está dentro de uma bolha, seja de classe social, de gênero, etc. Mas é possível ampliar sua bolha, ter uma visão amplificada sobre o mundo.
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G |O mundo nerd é um ambiente que pode ser extremamente hostil, especialmente contra minorias. Fãs tóxicos xingam atrizes e atores, boicotam filmes e, em casos mais extremos, chegam a ameaçar de morte profissionais envolvidos em suas obras favoritas. Por que isso acontece?
DP |Essa é a parte ruim. O universo nerd cresceu e, quando a festa cresce, não é possível controlar quem entra. Existe uma parcela que é extremamente hostil, que já começa a destilar ódio quando vê um trailer que não seja exatamente do jeito que ele quer. Uma parcela que não consegue entender a diversidade e que ataca minorias. É terrível e, muitas vezes, não há diálogo. Há como explicar a importância dessas questões para as pessoas, mas é um gasto de energia enorme e que, muitas vezes, não rende frutos. Em muitos casos, a pessoa é muito sozinha e essa é a forma dela de chamar atenção. Tem muito nerd, que nós apelidamos carinhosamente de ‘nerdola’, que quer as coisas somente do jeito dele. Ou então, que quer que as obras continuem do mesmo jeito como elas foram criadas na década de 60.
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G |Qual é a importância da cultura nerd abordar a diversidade em sua produção?
DP |As histórias do passado não podem ser retratadas com a mentalidade em que elas foram escritas no passado. Elas têm de ser adaptadas ao mundo atual. É uma luta constante para diretores, roteiristas e produtores continuar trazendo diversidade para o mundo nerd, é uma forma de normalizar o que é considerado diferente. Por que uma obra que só tinha elfos loiros não pode ter elfos negros? Quando a pessoa consome essa história e gosta, ela passa a entender essa questão. Existe uma galera que destila ódio, mas existem pessoas que estão vendo novas obras e estão mudando sua forma de ver o mundo. Conheço casos de pessoas que assistiram “A Garota Dinamarquesa” (2015) e que mudaram a ótica delas sobre identidade de gênero. Obras da cultura popular de massa são capazes de mudar a visão das pessoas. Quando você atinge muita gente, você muda a cabeça de muita gente.
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G |Em 2021, o Jovem Nerd foi vendido para a Magalu. O que essa venda significou para vocês? Houve medo do site perder a identidade?
DP |Esse medo não rolou. Durante todas as negociações com o pessoal da Magalu, eles deixaram bem claro que não queriam mexer na parte editorial do site. Isso, inclusive, está no nosso contrato. Já o processo de integração de uma empresa é bem complexo. A Magalu e o Jovem Nerd têm culturas de trabalho muito parecidas, mas a parte burocrática era muito diferente. Nós éramos uma empresa de 15 pessoas, a Magalu é uma empresa com 40 mil funcionários. Agora, um ano depois da aquisição, estamos com mais tempo para criar. Não temos que voltar nossa atenção para questões burocráticas. No fundo, esse era o nosso objetivo desde o começo da aquisição.
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G |Qual o futuro da cultura nerd?
DP |Essa é a pergunta de um bilhão de dólares. Um milhão já é um valor baixo, todo filme nerd faz um milhão de dólares. É difícil saber, mas eu espero que o futuro seja o das propriedades intelectuais do Jovem Nerd (risos). Mas eu também espero que a cultura nerd tenha menos ódio e seja mais inclusiva. Eu acredito que a obra original sempre vai existir, mas que todo derivado desta obra é uma adaptação. E com novas versões, vem novas visões. As adaptações não refletem só uma nova mídia, mas também refletem a nova época em que estamos vivendo.
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