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O direito de consertar, a alta dos brechós, a sustentabilidade nos Jogos Olímpicos, o copo do Starbucks e a cultura do descartável. Uma lista de referências Gama
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Bloco de notas
O direito de consertar, a alta dos brechós, a sustentabilidade nos Jogos Olímpicos, o copo do Starbucks e a cultura do descartável. Uma lista de referências Gama
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Divulgação
O artista chinês Zhang Xiangxi usa TELEVISÕES DE TUBO para criar universos em miniatura.
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Na cultura capitalista, muitas vezes o IDOSO É VISTO COMO OBSOLETO e improdutivo. Isso alimenta ainda mais a “velhofobia” na sociedade, como diz a antropóloga Mirian Goldenberg, que fala com frequência sobre o tema e a necessidade de transformar o olhar sobre a velhice. A propósito, vale espiar a simpática coluna do jornal New York Times chamada “It’s Never Too Late”, que conta histórias de pessoas que começaram coisas novas depois dos 60, como aprender a andar a cavalo e gravar um álbum.
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Odysseus
Um dos caminhos para sair da lógica atual dos RELACIONAMENTOS DESCARTÁVEIS é encontrar referências de outros povos para pensar o amor. No livro “Por que amamos: O que os mitos e a filosofia têm a dizer sobre o amor” (HarperCollins Brasil, 2020), o professor Renato Nogueira se debruça sobre filosofia oriental e ocidental e mitos africanos e indígenas para refletir sobre os diferentes significados do amor. Outra leitura interessante é “O Espírito da Intimidade: Ensinamentos Ancestrais Africanos Sobre Maneiras de Se Relacionar” (Odysseus, 2009), da filosofia Sobonfu Somé, que tem sido tema de rodas de conversa nas redes sociais (sem edição recente no Brasil, é difícil encontrá-lo em versão física; PDFs são disponibilizados por leitores pela internet).
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A TECNOLOGIA DA COMPUTAÇÃO MUDOU com tanta rapidez nas últimas décadas que é difícil lembrar do que veio antes. O podcast “Primeiro Contato”, narrado pelo jornalista Henrique Sampaio documenta a chegada dos computadores nos lares brasileiros e as origens do mercado nacional de games para PC, contando histórias curiosíssimas como a das máquinas não licenciadas da época da ditadura e rememorando coisas que fazem parte do nosso imaginário – a depender da idade –, como os CD-ROMs vendidos com revistas nas bancas de jornal.
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“Não existe consumo consciente em um mercado inconsciente”
André Carvalhal, consultor de sustentabilidade, em entrevista ao podcast da Gama. Nessa edição, exploramos diversas questões relacionadas ao lixo, como uma entrevista sobre o preocupante panorama da administração de resíduos no Brasil e uma reportagem com empreendedores que estão ganhando dinheiro com o que é descartado. Também já abordamos o problema do AUMENTO DO LIXO NA PANDEMIA por causa de delivery e e-commerce.
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Foto: Divulgação/Tokyo 2020
Quando terminarem, os jogos olímpicos e paralímpicos de Tóquio terão sido os mais sustentáveis da história. Medalhas foram produzidas com METAL RETIRADO DE LIXO ELETRÔNICO, pódios foram construídos com embalagens plásticas recolhidas de supermercados, camas dos quartos dos atletas foram feitas de papelão. É bom saber, porém, que o histórico comparativo não é nada bom (desde 2002, os Jogos Olímpicos estavam cada vez menos sustentáveis) e também tem gente relativizando o quão sustentável um evento dessa magnitude pode ser.
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Insung Yoon/Unsplash
Tem ganhado mais fôlego na Europa e nos EUA o movimento pelo DIREITO DE CONSERTAR, que pede acesso a bens mais duráveis e fáceis de reparar. Na França, por exemplo, as empresas são agora obrigadas a incluírem em seus produtos um índice de “reparabilidade”, que pode ser avaliado pelo consumidor na hora da compra. No Brasil, estão sendo criados alguns PLs para deixar a legislação mais clara, e há iniciativas como o “Café Reparo”, em São Paulo, que reúne “consertadores” voluntários em eventos.
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Um dos melhores podcasts brasileiros dedicados a temas socioambientais, o “Vozes do Planeta” tem alguns episódios que abordam a questão DO LIXO E DA DESCARTABILIDADE, como “Economia circular e o plástico” e “Julho Sem Plástico: mais de 1,5 mil espécies já ingeriram plástico”.
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Um dos SÍMBOLOS DA CULTURA DO DESCARTÁVEL no Ocidente, o copo do Starbucks está finalmente sendo repensado – afinal, são 6 bilhões deles usados por ano no mundo. Em junho, a marca anunciou que pretende introduzir copos reutilizáveis nas lojas de alguns países até 2025 – nesse modelo, o cliente deixará um depósito pelo copo e receberá o valor de volta quando o devolver. A empresa já vinha adotando algumas medidas sustentáveis com o passar dos anos, como a eliminação do uso de canudos de plástico.
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Companhia das Letras
No revés da indústria do fast-fashion, uma das mais poluentes do mundo, o mercado de brechós está em pleno crescimento, tanto com lojas físicas quanto na venda online. Para mergulhar no mundo da MODA SUSTENTÁVEL, há o livro “Com que Roupa? Guia prático de moda sustentável” (Companhia das Letras, 2021), da comunicadora e apresentadora do GNT Giovanna Nader, que falou a Gama sobre o ativismo na área.
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CAPA O que é descartável?
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1Conversas Giles Slade: O consumismo nos torna menos humanos
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2Depoimento A obsolescência programada ficou obsoleta
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3Semana Estamos cultivando relações descartáveis?
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4Podcast da semana Camila Faus e Fernanda Guerreiro: a obsolescência do corpo
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5Bloco de notas Os achados por trás de tudo isso