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Comandado pela jornalista Giulliana Bianconi, Gênero e Número é uma plataforma de jornalismo que aborda questões de gênero a partir de dados

Daniel Vila Nova 21 de Agosto de 2020
  • O estupro e a gravidez de uma menina de dez anos chocaram o Brasil. Infelizmente, não se trata de um caso isolado e sim de um problema antigo — longe de ser resolvido

  • Apesar da comoção nacional, a desinformação e o discurso reacionário se tornaram parte da narrativa do caso. O debate sobre violência de gênero ainda é recente na mídia brasileira, que por muitos anos marginalizou o tema

  • Foi pensando nisso que a Gênero e Número foi criada — uma plataforma de jornalismo orientado por dados para ajudar na qualificação da cobertura sobre gênero e raça no Brasil

  • O projeto, segundo sua diretora, Giulliana Bianconi, busca aumentar o espaço na mídia dedicado à discussão de gênero e fazer com esses temas ecoem para além do meio que já debate os direito das mulheres

  • Orientada pela busca de justiça social, a Gênero e Número produz gráficos e reportagens que revelam cenários ainda não traduzidos para a maioria das pessoas. No exemplo, a situação de presídios femininos superlotados durante a pandemia de covid-19

  • Com a crise do coronavírus, o veículo passou a dedicar espaço para dar visibilidade às condições de mulheres durante a pandemia

  • A população feminina viu a desigualdade econômica e a violência contra mulheres crescerem no período

  • O recorte de gênero não é o único presente na abordagem jornalística. Raça também é um fator essencial em suas análises

  • A produção da Gênero e Número é multiplataformas. Além dos textos e encontros, documentários são realizados sobre assuntos pertinentes ao tema

  • A DOC.GN, selo audiovisual da Gênero e Número, é responsável por filmes como “Potência N”, “Corpoterritório” e “Não Consentida”

  • Os webdocumentários abordam o papel da mulher negra no mundo da matemática, a primeira Marcha das Mulheres Indígenas no Brasil e a disseminação não consentida de imagens íntimas

  • Outra iniciativa é a Open Box da Ciência, um levantamento de dados da plataforma Lattes que traça um mapa das mulheres que protagonizam a ciência no país

  • A missão do projeto é ser uma organização que funciona como ponte entre a academia, o jornalismo, os movimentos sociais e a sociedade

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