A arte resulta de uma infinidade de escolhas, e um artista toma muito mais decisões durante o processo de criação do que caberia em um prompt de algumas centenas de palavras. Autor do conto que inspirou o filme “A Chegada”, o escritor norte-americano parte dessa premissa para escrever “Por que a inteligência artificial não é capaz de criar arte” (em inglês). Com um raciocínio tão claro quanto denso e original, o ensaio é uma bela reflexão sobre a essência da arte e sobre o que nos torna humanos.
Arquivos do projeto Brasil: Nunca Mais, que entre 1979 e 1985 reuniu mais de 1 milhão de páginas de 707 processos judiciais da repressão; e obras de ex-presos políticos como Artur Scavone, Rita Sipahi, Sérgio Sister e outros, feitas em presídios de SP compõem a mostra no Memorial da Resistência. Com curadoria de Diego Matos, a exposição reúne ainda trabalhos de nomes como Carmela Gross, Regina Silveira, Cildo Meireles, Cláudio Tozzi (com obra refeita), expostos em 400m². (Isabelle Moreira Lima)
O espaço de atividades culturais e educativas traz diversas exposições que valem a visita. Até 8/9, a mostra “Jogue o Seu Eu Fora", dos coletivos Claire Fontaine e Bernadette Corporation, da França, com obras audiovisuais que exploram a crise do sujeito. E até 13/10, o II Ciclo Expositivo, com a coletiva "A Vingança do Arquivo" com trabalhos de Carla Chaim, Marcelo Amorim, Nino Cais, Lenora de Barros, Rosângela Rennó e Leda Catunda; e as individuais "Sonâmbula", de Flora Leite, e "Crepom", de Mano Penalva. (Ana Elisa Faria) #apoio
O Sesc Mesa Brasil, uma das maiores redes privadas de bancos de alimentos da América Latina, comemora 30 anos de combate à fome e ao desperdício de alimentos com uma programação especial em todas as unidades do Sesc São Paulo. No sábado (10) e domingo (11), o festival promove gratuitamente espetáculos de teatro, dança e circo, além de shows de nomes como Febem, Izy Gordon, Tiê e o trio Juçara Marçal, Rodrigo Campos e Gui Amabis. (Amauri Terto)
No endereço em que Anita Malfatti organizou, em 1917, uma exposição que influenciou a Semana de Arte de 1922, a brasiliense Poli Pieratti inaugura mostra em que traz as cores do cerrado e elementos de Brasília em imagens abstratas e figurativas. Vale ver de perto a representação da terra e da água nas pinturas da artista e o prédio histórico, assinado por Ramos de Azevedo, representante da arquitetura paulistana na virada do século 19. Até 5/9, das 11 às 18h (ter. a sex.), no Espaço Alto (rua Líbero Badaró, 336, 1º e 4° andar). (Luara Calvi Anic)