O leitor fiel sabe que todo domingo a Gama investiga um novo tema. E o perfil @abstractsunday faz algo parecido. Comandado pelo artista alemão Christoph Niemann, queridinho da revista New Yorker e protagonista de um episódio da série “Abstract”, da Netflix, ele semanalmente dá vida a objetos comuns por meio de desenhos 2D de maneira extremamente criativa

Olhar criativo, aliás, teve de sobra. A canadense Gab Bois é uma espécie de influencer da imaginação: inventa novas e inusitadas funções para objetos do dia a dia, de sapatos a filmes analógicos. Em suas mãos engenhosas, ovos fritos, peças de Lego e fones de ouvido são inseridos em diferentes (e estranhos) contextos. Seu trabalho já virou até meme e conquistou marcas como Marc Jacobs

Em 2021, viagens foram comprometidas durante boa parte do ano. Por aqui, não faltaram perfis que cumpriam a função de apaziguar, em parte, a saudade de conhecer um novo destino. A artista japonesa Nao Tatsumi transformou sua conta num catálogo gigante de paisagens do Google Street View, com cores que acalmam qualquer coração ansioso

Já para os fãs da estética inconfundível do diretor Wes Anderson, há uma conta inteiramente dedicada aos cenários em tons pastéis, simétricos e icônicos de seus filmes. A diferença é que todas as imagens são pontos turísticos reais, alguns inclusive brasileiros. E quem diria que o perfil com quase 2 milhões de seguidores teria começado acidentalmente — daí o nome @accidentallywesanderson

Seria impossível passar por essa lista sem imagens que, além de agradarem aos olhos, dão água na boca. Um dos responsáveis pela onda que atingiu a todos na quarentena (a da panificação caseira), o jornalista gastronômico e autor best-seller Mark Bittman alimenta seu perfil com receitas e pratos apetitosos demais para não valerem a tentativa na cozinha

Não foram poucos os fotógrafos que inundaram de beleza e originalidade o feed da Gama este ano. O ganense Derrick Ofosu Boateng foi um deles. Além de apaixonado pela cultura africana, ele mostra a riqueza de seu país pelas cores, capturadas pela lente de seu — pasme — iPhone

Profissionais da dança também deram as caras (e corpos) por aqui este ano. A contorcionista e dançarina americana Stevana chama atenção pela elasticidade, com imagens que parecem uma escultura viva. Sua trajetória, de quem superou problemas pessoais pela dança, também pode servir de inspiração para quem quer se arriscar nos primeiros passos. Afinal, como não se encantar por sua habilidade?

Já o paulistano Zé Vicente leva arte para além dos museus e galerias. Em cantos inusitados da cidade, o artista visual mescla realidade e fantasia por meio de colagens feitas de recortes de revistas. Como uma janela para um universo paralelo, suas obras são uma intervenção imperceptível aos desatentos, e fica como convite para manter os olhos bem abertos — e achar beleza até nos lugares onde menos se espera