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Podcast da semanaTasso Azevedo: 'Demarcar terras indígenas é o jeito mais barato de conservar florestas'
Coordenador do MapBiomas cita alta preservação pelas comunidades originárias e explica que água e energia estariam garantidas a preços mais baixos com o freio do desmatamento
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Tasso Azevedo: ‘Demarcar terras indígenas é o jeito mais barato de conservar florestas’
Coordenador do MapBiomas cita alta preservação pelas comunidades originárias e explica que água e energia estariam garantidas a preços mais baixos com o freio do desmatamento
Para o engenheiro florestal, consultor e empreendedor social Tasso Azevedo, demarcar terras indígenas significaria uma economia ao Brasil. Ele diz ainda que o desmatamento da região Amazônica está diretamente ligado à crise hídrica que vivemos em 2021. Entrevistado do Podcast da Semana, ele é coordenador do MapBiomas, uma iniciativa que usa imagens de satélite e inteligência artificial para mostrar as transformações do uso de terra no Brasil ano a ano. Na última semana, o MapBiomas revelou que as terras indígenas responderam por somente 1,6% do desmatamento dos últimos 36 anos, e é com base nesses dados — e em outros que analisa a partir de imagens de 1985 a 2020 — que ele faz a seguinte afirmação:
“Demarcar as terras indígenas é o jeito mais barato, mais eficiente e mais objetivo de conservar florestas para a nossa economia. Conservar para a nossa economia, para ter água para a agricultura, para as hidrelétricas e a geração de energia. Se estamos pagando caro hoje pela energia, parte disso está na conta do desmatamento”.
Na entrevista, Azevedo conta como a Amazônia, desde os governos militares nos anos 1970, têm passado por ciclos de desmatamento com picos em diferentes épocas. Em 2012 tivemos o período mais preservado desde 1985, mas desde 2018 vivemos uma nova fase de devastação. Segundo ele, o desmatamento está diretamente ligado à ilegalidade, o que leva o poder público a ser um agente fundamental de freio, afinal é importante ter policiamento e punição para crimes ambientais.
A leitura de dados do MapBiomas tem apontado para outras informações, como a de que o Pantanal perdeu 74% da água desde 1985, e como isso é reflexo também do desmatamento da região Amazônica. Ao Podcast da Semana, Azevedo diz que na floresta tropical é como se existisse um “rio vertical” que está se perdendo com a devastação.
NoSpotify, naApple Podcast, noGoogle Podcaste no link abaixo você escuta essa conversa.
Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
Edição de som: Deisi Witz
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