Saia da frente das telas
Com pandemia, trabalho e educação remotos, e zoom até para festinha de aniversário, nunca usamos tanto telas quanto em 2020. Confira essas dicas para reduzir o uso e evitar uma overdose
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Faça um jejum intermitente digital –
Estabeleça horários e locais para utilizar a internet. Cansado do trabalho à noite? Reserve algumas horas do período pré-sono para ficar sem smartphones e smartwatches da vida. Acorda cedo e só vai trabalhar depois do almoço? Fique a manhã inteira sem mexer no celular. Determinar uma zona livre de tecnologias também pode ajudar. As salas de estar e de jantar podem ser uma boa escolha para locais onde celulares não entram. O importante é não encarar esses momentos como punições ou restrições, mas sim como oportunidades para fazer outras coisas. A França, por exemplo, proibiu o uso de celulares nas escolas. A ideia era restringir o uso de aparelhos em circunstâncias onde a atenção é necessária. -
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Desligue a TV e vá ler um livro –
Como já dizia a MTV, “Desliga a televisão e vá ler um livro!“. Mais de 15 anos depois, a mensagem continua relevante — mesmo que soe meio boomer. Em vez de passar seu tempo enfiado em uma tela, priorize outras atividades. Leia, pinte, corra, converse. As possibilidades são infinitas. Estabeleça metas e rotinas. Ler 50 páginas de um livro por dia, correr por meia hora em um parque. O importante é trocar o tempo ocioso no celular por uma atividade produtiva. -
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Use a tecnologia para se desligar dela –
Sun Tzu já falava sobre a importância de conhecer o seu inimigo como a si mesmo na hora de começar uma batalha. Na luta contra as telas, o mesmo conselho vale. Por mais contraditório que seja, não há melhor aliado nessa guerra do que a própria tecnologia. Aplicativos e configurações que indicam o tempo passado no celular vão ajudar a traçar quem são os seus verdadeiros inimigos na hora da procrastinação. Celulares Androids oferecem o “Bem-estar digital“, que diz quais aplicativos você mais usou no dia. “Tempo de Uso“, no iOS faz função similar nos iPhones. Já o Facebook tem o “Seu tempo no Facebook“, que indica o tempo gasto na plataforma. “Minha Atividade”, no Instagram e “Tempo assistido” no YouTube também dão conta do recado. -
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Seja a Marie Kondo digital –
Organize suas telas e evite o acúmulo de informações. Escolha aplicativos que podem ser deletados do celular – redes sociais, por exemplo, podem ser utilizadas apenas no browser. Estabelecer um limite de seguidores em redes sociais é outra ideia – evita que seu celular fique cheio de posts. Caso não esteja pronto para ser tão radical, desligue as notificações dos apps, assim ficará menos distraído a cada nova vibração. Quando está escrevendo, Fabio Yabu, autor da graphic novel “Combo Rangers”, usa o modo avião para garantir momentos de tranquilidade. No Twitter, ele costuma determinar um limite de pessoas que segue por vez. “A maior dificuldade foi entender que esse é um processo sem volta”, diz Yabu . -
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Volte-se ao passado –
Recorrer a relíquias como papel, relógio e calculadora em vez de usar ferramentas do celular protege contra a tentação de espiar outros aplicativos. Evite usar o despertador do telefone também, o que faz com que sua primeira ação do dia seja olhar para um tela e para evitar que ele esteja perto de você. Um smartphone é um grande inimigo do sono e, por isso, recomenda-se até que seja carregado durante a noite em outro cômodo.