Objeto de Análise – Chapéu Panamá — Gama Revista
Reprodução

Chapéu Panamá

Símbolo de sofisticação e cheio de significado cultural, ele é uma proteção leve contra o sol e um complemento charmoso para os looks de verão

Andressa Algave 15 de Março de 2022
  • o que é

    Um chapéu com uma aba de até sete centímetros, confeccionado em palha toquilla, retirada da Carludovica palmata, uma espécie de palmeira nativa do Equador. Costuma vir nas cores naturais do material: branco ou bege claro. Símbolo de elegância e sofisticação no verão, o chapéu Panamá, apesar do nome, não é produzido no país da América Central. Originalmente, era feito no Equador, onde é chamado de “sombrero de palla toquilla” ou simplesmente chapéu de palha, por artesãos locais ensinados de geração em geração. A tradição foi reconhecida pela Unesco como um Patrimônio Cultural Imaterial em 2012 e o Museo del Sombrero de Paja Toquilla, em Cuenca, no Equador, guarda uma seleção de chapéus tradicionais feitos com a palha toquilla que contam a história do adorno.

  • quem fez

    A confecção do chapéu data desde 1630 em Jipijapa, na costa do Pacífico no Equador. Um indígena chamado Domingo Choéz teria passado a fabricar chapéus da palha da árvore tradicional da região, cultivada na província de Santa Elena, como imitação dos chapéus usados pelos colonizadores espanhóis. Logo os tecelões de Jipijapa e da cidade vizinha, Monticristi, se especializaram na produção do chapéu trançado e o uso foi adotado por pessoas de todas as classes: até 1863, 500 mil peças do acessório foram exportadas para a Europa e os Estados Unidos, e em 1854 a exportação do chapéu foi maior do que um dos pilares da agricultura equatoriana, o cacau. O nome Panamá veio da com a construção do canal do Panamá, em 1906, quando o então presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt (1858-1919), visitou o local usando o chapéu. Hoje encontra-se, inclusive, o modelo “Panamá Roosevelt”.

  • por que é tão desejado

    O chapéu é elegante, versátil e serve para festas em ambientes abertos, viagens ao campo e para uma ida à praia. Também já foi adotado por celebridades – Mick Jagger, Brad Pitt e Madonna são alguns dos ícones que usaram o item. Para as comunidades equatorianas, há uma importância socioeconômica na confecção do chapéu: o original é feito de forma artesanal por famílias que colhem, secam, trançam a palha e repassam a tradição para gerações seguintes. Um chapéu Panamá feito à mão também é um item de luxo e pode chegar a R$ 10 mil, a depender da qualidade do material.

  • vale?

    Vale se você quiser um item bonito, que compõe um look bem verão e com valor cultural e histórico. Depende do quanto você está disposto a desembolsar: os chapéus artesanais tradicionais sempre estão na faixa dos três dígitos, mas se bem cuidados, prometem durabilidade. É indicado que o chapéu não seja molhado nem amassado para não comprometer a integridade da palha. Para quem não precisa de um original, versões produzidas em palha sintética são bem mais acessíveis. Em todo o caso, o chapéu vale para uma proteção a mais contra o sol nas atividades dos dias de calor, mas não dispensa o uso de protetor solar.

  • onde comprar

    É possível achar chapéus originais por preços que variam de R$ 297 até R$ 474. No caso dos chapéus em palha sintética, por até R$ 31. Alguns chapéus tingidos de preto e marrom podem ser encontrados por R$ 157.

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