5 dicas para ensinar seu filho a dormir — Gama Revista

Ensine seu filho a dormir

Eles adquirem essa habilidade sozinhos, mas dá para facilitar o processo para o bem de todos. Veja como criar oportunidades para que os pequenos aprendam a adormecer sem o colo dos cuidadores

Manuela Stelzer 31 de Março de 2022
  • 1

    Crie uma rotina e atenha-se a ela –
    Primeiro o jantar, em seguida o banho. Já no berço, uma leitura antes de apagar as luzes, e então o bebê dorme. As atividades não precisam ser essas, mas a ordem deve sempre ser a mesma e seguida à risca. Isso faz com que o pequeno perceba já durante o jantar, ou ao ouvir o som do chuveiro, que o horário de dormir se aproxima. “Crianças pequenas não têm noção de tempo, é a ordem das atividades da vida que as organiza”, explica a neuropsicóloga especialista em comportamento infantil e autora do livro “Hora de Nanar” (Manole, 2021) Deborah Moss. “Se for sempre igual, o bebê já entende o que vai acontecer com ele, e já no banho começa a bocejar.” De acordo com a especialista, é preciso se atentar aos momentos de repouso e fome, e construir uma rotina que se adapte a eles. “Parece óbvio, mas não adianta querer que a criança durma quando está com fome, por exemplo.”

  • 2

    Leve o pequeno ao berço cansado, mas ainda acordado –
    Com sono, mas não exausto. “Às vezes, pais ou cuidadores tentam segurar a criança para quando ela for deitar, estar exausta e dormir melhor. Mas isso pode ter o efeito rebote.” Moss explica que, assim, o pequeno pode se estressar, e não relaxar para, inclusive, iniciar o sono. “E aí tem uma noite agitada.” A neuropsicóloga indica que o bebê chegue ao berço ou à cama ainda acordado, para que possa aprender a dormir com autonomia, sem precisar do afago ou do colo dos pais – caso contrário, pode acabar virando refém deles.

  • 3

    Respeite as janelas de sono de cada idade –
    Os recém-nascidos geralmente dormem a maior parte do dia e da noite, acordam apenas para se alimentar em intervalos que vão de uma a três horas. Com um ano e meio, os pequenos já têm um intervalo de mais ou menos 5 horas entre as sonecas, segundo Deborah Moss. “Chamamos isso de janelas de sono. É importante estar atento a elas, para a criança não ir nem sem sono, nem exausta para a cama.” Ela explica que não há problema em variar (um pouco, claro) o horário de ir dormir ou das sonecas, mas a ordem da rotina precisa se manter fiel.

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    Evite televisão e alimentos açucarados à noite –
    Uma criança pequena já é naturalmente agitada. Por isso, ao se aproximar do horário de dormir, os pais ou cuidadores devem começar a acalmar o ambiente, propor atividades mais calmas, e evitar alimentos gordurosos e com açúcar. As telas são contraindicadas pela OMS antes dos dois anos de idade – mas durante a pandemia ficou difícil não recorrer a elas, e em alguns casos, elas foram grandes aliadas. O ideal é evitá-las pelo menos duas horas antes de dormir, de acordo com a neurocientista.

  • 5

    Dormir e acordar no mesmo lugar e do mesmo jeito é preciso –
    Assim como qualquer adulto estranharia se fosse dormir no sofá da sala e acordasse na cama do quarto, um bebê vai chorar se adormecer no colo dos pais e despertar no berço. “Fica uma noite confusa. A inconsistência gera noites mal dormidas, agitadas e desorganizadas”, alerta Moss. “As pessoas ficam muito preocupadas com os despertares de madrugada, mas eles são normais. O que não é desejável é o pequeno acordar e precisar de ajuda para voltar a dormir.” A neuropsicóloga explica que o ideal é que o bebê tenha autonomia para adormecer de novo sozinho. Ele deve encontrar a posição confortável, resgatar a chupeta, se for o caso, e fechar os olhos. “A criança precisa saber desde o início da noite onde está indo dormir e o que deve fazer se acordar de madrugada, e ela espera que tudo que você promete antes de adormecer esteja lá nos despertares.” Em caso de pesadelos ou outras situações, pais ou cuidadores devem acolher o pequeno, acalmá-lo e cessar o choro. Mas devolvê-lo, como aconselha a segunda dica, acordado ao berço. “Você acolhe, mas sem mudar o aprendizado, sem romper com a autonomia.”

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