Deixe sua casa mais confortável
O coronavírus chegou e parte do mundo se trancou em casa, evidenciando problemas domésticos. Veja como trazer mais aconchego e praticidade ao lar
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Entenda o que é conforto para você –
Reflita: o que evoca conforto para você? Pode ser um sofá aconchegante, um tapete macio, uma casa inteira decorada com plantas ou cheia de objetos nas prateleiras. Lembre-se que essa investigação é pessoal e não adianta comprar ideias prontas de conforto, lembra o arquiteto Clevio Rabelo. Em vez disso, busque algo físico e pessoal, que possa ser transformado e colocado dentro do lar, seja um objeto decorativo, um móvel, um ambiente. “Ocupe a casa com você mesmo”, sugere Rabelo, que afirma que isso vai incentivar uma conexão mais próxima com a casa e com tudo o que envolve a vida doméstica. -
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Prefira ambientes flexíveis –
Um cômodo não precisa ser fixo. Com um pouco de imaginação, o quarto vira também biblioteca, a sala pode ser também escritório e por aí vai. Flexibilidade deve ser uma meta em um contexto em que o home office é a realidade de muitos. (Quem não tinha um espaço adequado teve que se virar – e até dividir a única mesa da casa em dois trabalhos diferentes.) É preciso abrir mais possibilidades para os espaços e pensar que as casas precisam estar preparadas para não serem só casas, como coloca o arquiteto e professor Bruno Braga. E para facilitar essa transição de funções, a arquiteta Teresa Mascaro relembra a solução do painel móvel, que integra e separa espaços e que pode criar novos ambientes dentro de casa. -
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Estabeleça uma ‘área suja’ –
A técnica já é comum no Japão, e vem para o Brasil como consequência da pandemia, para evitar a contaminação, mas pode acabar se tornando um hábito que otimiza limpeza. Ela deve ficar na entrada de casa e funciona como um divisor entre o ambiente interno e o mundo externo. Nela, ficam sapatos, compras antes da higienização e tudo o que vier da rua e que não deve se misturar com o ambiente seguro e limpo do lar. “As pessoas têm se preocupado com isso. É legal ter uma sapateira, ganchos para casacos e bolsas, uma bancada para apoiar as coisas, e assim entrar em casa livre do vírus”, afirma Teresa. -
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Transforme a lavanderia em varanda –
Ar livre virou artigo de luxo, de preço inestimável, durante a confinamento. Nos apartamentos e em casas pequenas, onde não há varanda ou um espaço aberto, a arquiteta Teresa Mascaro tem uma carta na manga: a lavanderia. A parte funcional (máquina, tanque e varal) fica de canto, quase escondida. Se você encarar fazer mudanças mais radicais, azulejos e ladrilhos podem dar lugar a materiais mais quentes e convidativos. Mas plantas e outros artigos de decoração já podem fazer a diferença em um pequeno rearranjo emergencial para transformar a área em uma varanda improvisada. Pode funcionar como um ambiente alternativo para reunir amigos e família enquanto todos fazem o almoço de domingo (depois que a quarentena acabar, claro). -
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Humanize a casa –
Quem tenta manter a casa sempre perfeitamente arrumada, tal qual uma revista de decoração, provavelmente segue uma trilha de frustração. O lar não precisa ser excessivamente organizado, afinal, o conforto passa pela aceitação da vida que se tem – e há boas inspirações para trazer comodidade sem muita dor de cabeça e necessidade de perfeição. É fundamental aceitar certo grau de desorganização e, conforme indicam os arquitetos, evite uma casa artificial e traga histórias pessoais para a decoração. Mais que isso, invista no que pode trazer comodidade. “O que fez diferença para mim, sozinho em uma nova cidade, foi um wifi que alcançasse a casa inteira, uma caixinha de som potente, um bom bar. Tudo isso vai facilitar a vida”, afirma Clévio Rabelo.