Nem mesmo o isolamento social foi capaz de conter manifestações do movimento negro que varreram as cidades norte-americanas nos últimos dias. "Vidas negras importam" é também a mensagem transmitida pelo cineasta americano Spike Lee em seu novo filme “Destacamento Blood”. Selecionado para estrear no Festival de Cannes, que foi cancelado pela pandemia, o longa chega às telas de casa pela Netflix nesta sexta-feira (12). A história, de quatro veteranos de guerra que retornam ao Vietnã em busca de uma riqueza escondida, vai além da caça ao tesouro. Exibe também a visão de Lee sobre como a guerra afetou a vida dos homens negros, obrigados a lutar por uma causa que não era a sua. O recorte da década de 1970 faz repensar sobre o que se vive hoje, uma especialidade do cineasta.
“Se você está aqui por causa de 'Nanette'… por quê?” Longe de retórica, a pergunta, disparada por Hannah Gadsby já nos primeiros minutos, dá o tom de seu segundo stand-up na Netflix, “Douglas”. "Nanette", o primeiro, foi um sucesso. O que é curioso -- seu humor tem um “sabor peculiar”, traduzindo de forma às vezes incômoda as agruras de não caber em nenhum modelo de normalidade. “Se eu soubesse que o trauma seria tão popular como comédia eu teria planejado melhor meu orçamento. Eu teria ao menos feito uma trilogia.” “Douglas” é uma radiografia do humor stand-up. É “meta”. O que não impede que a misoginia e o patriarcado alimentem as melhores sacadas de Hannah, que ironiza os haters que a acusam de não ser engraçada. Ela é. Quem perseverar, “verá além do espectro”.
“A Favorita”, um dos pontos altos da carreira do roteirista João Emanuel Carneiro (“Avenida Brasil”, 2012), está disponível para assinantes do serviço de streaming Globoplay. Um marco para época, a produção ficou conhecida por subverter a fórmula consagrada da simplicidade das novelas e apresentar personagens complexas, que não caiam no estereótipo de mocinha contra vilã. A trama envolvendo Patrícia Pillar e Claudia Raia é a primeira a chegar a plataforma digital da Rede Globo, que entendeu que nada é mais influente que uma boa novela das nove e passa a disponibilizar um título a cada duas semanas. “Dancing Days”, “Guerra dos Sexos”, “Roque Santeiro”, “Vale Tudo”, “Laços de Família” e o “Clone” estão na lista de próximas adições.
Como um acampamento de férias hippie se transformou em um movimento pelos direitos de pessoas com deficiência? O documentário "Crip Camp: Revolução pela Inclusão" (2020) tem a resposta. Produzido pela família Obama, o filme conta a história do "Camp Jened", um camping americano para pessoas com deficiência. O ambiente liberal e inclusivo do local deu origem a uma geração de jovens politizados que, inspirados na luta por direitos civis americanos, formaram um movimento próprio e conseguiram mudar leis. O filme é uma lembrança que mudanças na sociedade só são conquistadas com muito esforço. Dirigido por Nicole Newnham e Jim Lebrecht, que frequentou a habitação, o documentário está disponível na Netflix.
“Não é TV, é HBO”, dizia o anúncio da emissora de TV a cabo mais famosa dos EUA. Pretensiosos? Talvez. Mas se você ficou curioso, é possível tirar a prova na próxima semana. A HBO Brasil disponibilizou o acesso gratuito a algumas de suas minisséries mais premiadas. O épico de guerra “Band Of Brothers”, a série policial “True Detective” e o mistério criminal “The Night Of” estão disponíveis na HBO GO e no site da HBO Brasil até dia 13 de maio. Além das minisséries, também é possível conferir as primeiras temporadas de “Família Soprano”, “Sex and The City” e “Barry”.
A linha de baixo que abre blocos dos episódios de “Seinfeld” mantém ecos da febre que foi a série décadas depois. Mas, antes de “Seinfeld”, sitcom sobre o nada, que tornou-se ícone da cultura americana, havia Jerry. O comediante nova-iorquino de stand-up está de volta, e dessa vez com material inédito para um especial da Netflix. “23 Hours To Kill” é seu retorno aos palcos após 21 anos. De mensagens de texto a restaurantes ruins, tudo vira piada para um dos mais influentes comediantes americanos de todos os tempos. O especial estreia nesta terça-feira (5) na Netflix.
Se compararmos o lendário jogador de basquete americano Michael Jordan a passos de dança, ele provavelmente seria uma mistura da coreografia de "O Lago do Cisnes" com o Moonwalk, de Michael Jackson. A classe do jogador e a revolução causada dentro da quadra estão presente no novo documentário da Netflix “The Last Dance”, ou “Arremesso Final” em português. A última temporada do Dream Tream de Chicago (1997-98) é esmiuçada aos detalhes em dez episódios com imagens e entrevistas inéditas. Até os ex-presidentes dos EUA Barack Obama e Bill Clinton dão as caras no documentário já considerado definitivo sobre o maior jogador de basquete de todos os tempos.