Festa do livro sem aglomeração — Gama Revista

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    Festa do livro sem aglomeração

    Depois de mais de duas décadas de vendas, leituras e descontos, a Festa do Livro da USP chega ao seu 22º ano. Desde o dia 9 de novembro, já é possível garimpar os livros participantes direto do conforto de casa, na primeira edição 100% virtual do evento, que vai até o dia 15. E o melhor: todos os volumes saem com no mínimo 50% de desconto. Apesar de terem acabado as enormes filas em frente às editoras mais concorridas, a demanda não diminuiu. Logo no primeiro dia, o site do evento recebeu tanta gente que chegou a ficar indisponível. Das 169 editoras presentes este ano, algumas são bem conhecidas, como a Martins Fontes, a Todavia, a L&PM. Outras, nem tanto — uma ótima oportunidade de conhecer livros e editoras fora da nossa zona de conforto. Para acessar as obras à venda, os leitores devem entrar no site do evento, onde serão direcionados para as listas das editoras de sua preferência. (Leonardo Neiva)

    12 de Novembro de 2020
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    O rococó tropical de Attílio e Gregorio

    “A gente queria o verde das folhas, o amarelo do sol, o laranja do fim de tarde em Copacabana – não o verde-cocô e o amarelo-diarreia das casas da época.” A frase do argentino Gregorio Kramer (1940-2019) define bem o estilo da dupla da qual ele fazia parte. Ao lado do paulistano Attilio Baschera, 87, seu também companheiro da vida, eles reviveram as casas da alta sociedade paulistana dos anos 1970 e 80 em estampas exuberantes da fauna e flora brasileira, um rococó tropical. Essa trajetória é contada no recém-lançado “Attílio e Gregório” (Olhares, 240 págs. R$ 149). O livro do arquiteto e pesquisador Rica Oliveira Lima traz não só um resgate visual dessas criações mas deliciosas fofocas e histórias dos designers que tinham fama de animados nas festas, talentosos no trabalho. "Eram vistos como os loucos, os grandes artistas da época”, conta Sig Bergamin, um dos entrevistados do livro. (Luara Calvi Anic)

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    Memória em reconstrução

    Como é tentar retraçar os vínculos com a própria origem quando nome, idioma e fé de antepassados foram alvo de apagamento histórico no Brasil? Esse é o tema do primeiro episódio de "Vidas Negras", um podcast original do Spotify com produção da Rádio Novelo, que rememora e celebra trajetórias de personalidades negras na história e na atualidade. Os episódios saem às quartas-feiras, conduzidos pelo jornalista Tiago Rogero, que analisa e entrelaça biografia e obra dessas figuras. Na estreia, dedicada à memória de descendentes africanos, sistematicamente apagada depois da vinda à força ao Brasil, Rogero fala sobre duas escritoras que narraram suas histórias: Carolina Maria de Jesus e Eliana Alves Cruz. E mostra que a resposta para remapear identidade e origem pode estar dentro de casa. (Laura Capelhuchnik)

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    A maior coleção de revistas do mundo

    De acordo com o Guinness, livro de recordes mundiais, o britânico James Hyman é dono do maior arquivo de revistas do planeta, no qual reúne mais de 5 mil publicações e 150 mil edições. Há mais de três décadas, Hyman coleta todo tipo de material impresso que encontra, de revistas à panfletos, e os acomoda em um acervo de "cultura popular impressa", como ele mesmo denominou. Apesar da dificuldade que vive o mundo analógico, o colecionador diz que "é preciso sinergizar a revista física com o ambiente digital", e para o site It’s Nice That, compartilha uma pequena parte de seu tesouro, que inclui diversas capas psicodélicas e uma publicação descrita por Steve Jobs como "o Google em papel", entre outras raridades. (Manuela Stelzer)

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    20 anos de MAM em um só lugar

    Quando completa 20 anos de existência, o Clube de Colecionadores de Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo celebra sua longevidade com uma exposição que reúne destaques do acervo do museu e das coleções particulares do clube. Uma homenagem às 21 edições do clube, a exposição busca celebrar os artistas e obras que contribuíram para a rica história do MAM. Assinadas por nomes como Walter Carvalho, Maureen Bisilliat, Claudia Andujar, Barbara Wagner e Felipe Cama, as 107 obras serão exibidas no MAM de 13 de outubro a 1º de agosto de 2021. A exposição pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 12h às 18h. Os ingressos podem ser reservados no site do museu. É possível conferir uma prévia da exposição no perfil do MAM no Google Arts & Culture. (Daniel Vila Nova)

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