Billie, Angie e Róisón variam sobre o mesmo tema — Gama Revista

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    Billie, Angie e Róisón variam sobre o mesmo tema

    Na última semana, três cantoras de gerações diferentes lançaram singles em que, de uma forma ou de outra, discutem o que estamos vivendo. A começar por Billie Eilish em “My Future”. Com um clima jazzy meio anos 1990, com pianinho elétrico e guitarra sutil, fala do futuro e de como mal pode esperar para conhecer ela mesma, numa ode romântica à autoestima. Já Angie Olsen faz climão dor de cotovelo em “Whole New Mess” e fala sobre tudo voltar ao normal e virar uma grande bagunça de novo ao som de uma guitarra suja tocada à maneira das harpas. Róisín Murphy, mais conhecida pela dupla Moloko, vai de escapismo disco para tempos de más notícias em “Something More”, em que ela incita a dançar e pede, repetidamente, algo a mais. Quem não quer mais hoje em dia?

    06 de Agosto de 2020
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    A arte de dissecar o novo trabalho de Beyoncé

    “Black is King” chegou à plataforma de streaming Disney+ na sexta 31 como um meteoro, dando muito o que falar -- até no Brasil, onde não está (oficialmente) disponível e nem tem previsão de chegar. O “álbum visual” de Beyoncé retoma “The Lion King: The Gift”, álbum musical lançado em 2019 com o filme da Disney “O Rei Leão”. Do que se trata? Como mostra este Expresso do Nexo, a partir da fábula da Disney, Beyoncé cria sua própria narrativa visual sobre a ancestralidade negra, as tradições e riquezas da África -- de onde surgiram as principais críticas. Artistas e pensadores africanos a acusaram de romantizar a África pré-colonial com representações das monarquias africanas e de “estereotipar” a cultura do continente. Debates sobre lugar de fala se seguiram, na esteira de críticas de pessoas não-negras à produção. Tão delicada é a tarefa de analisar tamanha empreitada de uma das maiores artistas dessa geração que o New York Times chamou seis críticos para analisar todos os aspectos da obra -- da moda à música, da dança às questões raciais e representações (e apropriações) da cultura africana.

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    Um ciclo de filmes indígenas

    Um olhar mais diverso e descolonizado sobre o cinema brasileiro autoral é o que promete o novo eixo da série Cinema #EmCasaComSesc. A partir da primeira semana de agosto, uma seleção de filmes realizados por diretores ou coletivos indígenas entrará mensalmente no catálogo (gratuito!) da plataforma de streaming do Sesc Digital. Dois documentários do cineasta guarani Alberto Alvares inauguram a nova iniciativa: "A Origem da Alma - Tekowe Nhepyrun" (2015), com depoimentos dos anciões da aldeia Yhowy, no Paraná; e "O Último Sonho" (2019), uma homenagem ao líder espiritual guarani Wera Mirim - João da Silva, da aldeia Sapukai, no Rio de Janeiro. A documentarista e antropóloga Júnia Torres, organizadora do Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte, foi a curadora convidada pelo Sesc São Paulo e pelo CineSesc para selecionar os títulos dessa pequena mostra mensal.

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    Poemas para enfrentar a calamidade

    Uma poesia une o político americano John Lewis, pioneiro do movimento por direitos civis nos EUA, a Nelson Mandela, líder sul-africano que desestruturou o apartheid. "Invictus", do escritor britânico W. E. Henleys foi inspiração para esses dois líderes, mesmo que tenham vivido tempos, lugares e situações tão diferentes das do autor. Henleys passou boa parte da vida sofrendo cronicamente de tuberculose, entre outros problemas de saúde, e morreu em 1903. Seus versos de resistência diante da dor permanecem universais e atemporais; são perfeitos para quem precisa de inspiração para passar pela calamidade e permanecer em pé. Por isso estão entre as obras que este texto da The Atlantic recomenda para o momento em que precisamos recobrar a resiliência, suportar adversidades e nos fortalecer pela provação. Desesperado, mas exausto de redes sociais e videoconferências? A dica da publicação americana é revisitar os ensinamentos de quem já viveu períodos mais atrozes.

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    Comemore Beethoven com a Osesp

    Enquanto atividades culturais ficam sem previsão de retorno, a Osesp transmite concertos ao vivo diretamente da Sala São Paulo, sem plateia. Os próximos encontros, nos dias 7 e 8, contarão com duas apresentac?o?es dedicadas a obras de Beethoven, em comemorac?a?o aos 250 anos do nascimento do compositor alema?o. Os concertos ficarão disponíveis no canal do Youtube da Osesp posteriormente. A orquestra mantém ainda sua série de lives Música na Cabeça, às terças-feiras, com relatos de instrumentistas da casa sobre suas trajetórias.

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