Achamos que vale
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Remédio audiovisual para a carentena
Normal People é lenta. E clean. Ao mesmo tempo, é agridoce e profundamente sexy. A adaptação do livro de Sally Rooney, em menos de duas semanas desde sua estreia no Brasil, já foi receitada como remédio para os mais solitários (vide a Antologia Profética de Fernando Luna), ao trazer cenas de sexo inspiradas e inspiradoras e oportunidades iguais de nudez. Estrelada por Daisy Edgar-Jones e Paul Mescal, conta as idas e vindas do jovem casal irlandês Marianne e Connel, ela pobre menina rica, ele filho da amorosa faxineira da família dela. Ele, popular na escola; ela, nerd esquisitona; os dois, inteligentíssimos e lindos, pegam fogo juntos. A primeira temporada, de 12 episódios de 30 minutos, está disponível na plataforma Starz.
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Os poemas da vencedora do Nobel
Se para as casas de aposta especializadas o anúncio da vencedora do Nobel de Literatura já foi uma surpresa, muitos leitores brasileiros devem ter ouvido o nome de Louise Glück pela primeira vez por causa do prêmio sueco. Embora a poeta americana seja reconhecida nos EUA, colecionando outros troféus celebrados -- como o Pulitzer e o National Book Award --, ela ainda não teve livros publicados no Brasil. É possível, no entanto, ler seus poemas online, em traduções feitas pelos também escritores Pedro Gonzaga, André Caramuru Aubert e Camila Assad nas revistas literárias Estado da Arte e Rascunho e no portal G1. Para quem se aventura na leitura em inglês, o site da Academy of American Poets também reúne alguns dos versos de Glück. Nascida nos EUA em 1943 e descendente de judeus húngaros, a poeta começou a escrever ainda criança e tem 18 livros publicados. Ao abordar temas como a morte, as rejeições e os traumas, Glück levou o Nobel por “sua voz poética inconfundível que, com beleza austera, torna universal a existência individual”. Para saber mais sobre ela e sua obra, vale ler as críticas do New York Times e da The Atlantic e este texto da Revista Cult, em que o crítico Tarso de Melo a apresenta ao lado de outros bons poetas norte-americanos pouco conhecidos por aqui.
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Um relato sobre o luto — e seus gatilhos
Muitos têm sido os sentimentos que nos unem, enquanto povo, raça, chame como quiser, ao longo deste 2020. Frustração. Inquietação. Raiva. Saudade. E para muitos, luto. Neste longo, belo, e tortuoso (com gatilhos, muitos deles) relato para a New Yorker, a escritora Nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie reflete sobre a perda de seu pai, James Nwoye Adichie, falecido neste 2020 — não por Covid-19, mas por uma falência renal. Mãe e irmãos, primos, memórias íntimas, a carreira ilustre do Professor de Estatística, toda a jornada de uma vida é revivida e rememorada. A cronologia é fragmentada; memórias se sobrepõem a lições sobre a cultura nigeriana e do povo Igbo, e a banalidades burocráticas. Ler as palavras de Chimamanda traz um estranho conforto, um apaziguamento. Expor-se tanto é um ato de vulnerabilidade, mas que gera, sobretudo, empatia. É como se, ao abrir seu luto e a história dos seus familiares, ela estivesse nos ajudando a encontrar os denominadores comuns que nos tornam mais próximos uns dos outros. Menos diferentes, mais humanos, unidos em nossos sentimentos.
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Um curso de mitologia grega no seu headphone
Os deuses gregos eram parecidos com os humanos, porém cerca de 60 cm mais altos e muito, muito mais belos. Não eram maus, pérfidos, mas ai de quem pisasse em seus calos ou ousasse se comparar com eles. Curiosidades como essas estão no podcast Noites Gregas, do professor gaúcho Cláudio Moreno, que a cada 15 dias reconta, de forma clara e saborosa, histórias da mitologia clássica extraídas de autores como Homero, Ovídio, Heródoto e Plutarco. Vale como exercício intelectual, mas também hedonista, afinal é fácil mergulhar em narrativas tão prazerosas. Também está disponível no Spotify.
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O melhor cookie do mundo
Esqueça a saudade dos cookies que você pedia no seu café preferido antes da pandemia. Esta receita do premiado site americano Food52 é imbatível: fácil, barata, gostosa e pode ser feita no conforto e na segurança de casa. Os biscoitos ficam gordinhos e crocantes ao mesmo tempo, e dá para variar o sabor das gotas de chocolate — ao leite, amargo, branco… vai do gosto do cozinheiro. Só é preciso prestar bastante atenção aos detalhes do passo a passo que fazem a receita dar certo, como a temperatura da manteiga (tem que ser gelada!) e o tamanho das bolinhas que vão para o forno.