Vai conseguir tirar férias?

5

Bloco de notas

Livros de receitas para viajar na sua cozinha

Com esta seleção feita pela Gama, você aprende pratos que dão o sabor de um volta ao mundo, de Lima a Jerusalém, passando por Paris

Livros de receitas para viajar na sua cozinha

Isabelle Moreira Lima 29 de Junho de 2025

Com esta seleção feita pela Gama, você aprende pratos que dão o sabor de um volta ao mundo, de Lima a Jerusalém, passando por Paris

  • “La mère Brazier: A mãe da cozinha francesa moderna” (Senac Rio, 2016)

    Imagem da listagem de bloco de notas

    Um livro histórico sobre um restaurante fundamental da cidade mais gastronômica da França com prefácio do chef dos chefs — não dá pra ter nada mais confiável que isso. São mais de 300 receitas clássicas e regionais de uma das “mães de Lyon”, Eugênie Brazier, considerada a criadora da cozinha francesa moderna. O texto que abre o livro é de seu aprendiz, Paul Bocuse. Além de trazer ensinamentos sobre os pratos, há dicas, lições gastronômicas e muitas curiosidades sobre a autora.

  • “Lima” (Publifolha, 2017)

    Imagem da listagem de bloco de notas

    Faz tempo que o Peru lidera as listas de melhores restaurantes do mundo, com suas casas mais celebradas em revezamento no pódio. Uma delas é o restaurante Central, de Virgílio Martinez, autor deste livro, que traz uma centena de receitas de bebidas, petiscos, leites de tigre, pastas, causas, pratos quentes e sobremesas. Entre os destaques estão o coquetel sem álcool de maracujá e capim-limão, o milho cancha e limão, o tiradito de salmão e erva-doce, o arroz chufa com legumes e o sudado de carne.

  • “Mocotó — O pai, o filho e o restaurante” (Melhoramentos, 2017)

    Imagem da listagem de bloco de notas

    Com 50 anos desde sua fundação, o Mocotó se consolidou como uma das casas que traz um preparo cuidadoso e sabroso do repertório de comidas do sertão nordestino. Este livro traz 111 receitas de Rodrigo Oliveira, o filho do fundador da casa, de petiscos, caldos, saladas, sobremesas, pratos principais e bebidas servidas no restaurante, como o famoso caldo de mocotó que dá nome à casa, a carne de sol e o pudim de tapioca.

  • “Minha cozinha em Paris: Receitas e histórias” (Zahar, 2017)

    Imagem da listagem de bloco de notas

    O norte-americano David Lebovitz começou a cozinhar aos 16 e fez carreira em restaurantes míticos de San Francisco como o Chez Panisse, de Alice Waters, onde ficou por 13 anos, até deixar o restaurante para se dedicar a escrever sobre comida. Hoje é um dos autores de livros de receita mais festejados do mundo. Morador de Paris, ele reúne cem receitas que apresentam o jeito parisiense moderno de comer: sopa de cebola, omelete de ervas frescas, croque-monsieur, coq au vin e por aí vai. A seção de confeitaria deve ser vista com atenção, pois traz maravilhas como o bolo quente de chocolate com calda de caramelo salgado e crème brûlée de café.

  • “Básico: Enciclopédia de receitas do Brasil” (Melhoramentos, 2017)

    Imagem da listagem de bloco de notas

    Um rolê em todo o território brasileiro é o que propõe este livro fruto de 19 anos de pesquisa de Ana Trajano, que reuniu 512 receitas em capítulos que traduzem o nosso jeito de comer: tira-gosto, mistura, sustância. Em vez de garimpar ingredientes estrangeiros caros, prepare-se para lançar mão de azeite de dendê, manteiga de garrafa e boas farinhas de mandioca. A ideia de Trajano é que itens como esses passem a ser tratados como brasileiros e não regionais.

  • “Mari Hirata Sensei por Haydée Belda” (Bei, 2020)

    Imagem da listagem de bloco de notas

    Referência para gerações de cozinheiros, confeiteiros e padeiros, Mari Hirata (1959-2021) tem sua vida e obra relatada neste livro, que nos leva a viagens para a França e o Japão onde estudou, trabalhou (no estrelado L’Arpège, do chef Alain Passard, em Paris) e viveu. A aluna Haydée Belda reuniu mais de 80 receitas da sensei, entre entradas, peixes, carnes e sobremesas, além do pão que era marca de Hirata. O livro traz ainda uma espécie de miniguia do Japão, baseado em viagem feita por mestra e pupila

  • “Fundamentos da Cozinha Italiana Clássica” (WMF, 2013)

    Imagem da listagem de bloco de notas

    Este livro já foi tema de coluna na Gama, mas é difícil sugerir outro quando pensamos em um livro fundamental sobre a Itália. Se a cozinha italiana não existia até o começo do século 20, Marcella Hazan foi uma das cozinheiras que a inventou, ao tentar ensinar as receitas que eram feitas nas diferentes regiões do país a norte-americanos. Com este livro, aprendemos não só os principais pratos, mas o ponto de partida de cada um deles, como os italianos combinam ingredientes, suas técnicas mais famosas e suas histórias.

  • “Jerusalém: Sabores e receitas” (Companhia de Mesa, 2017)

    Imagem da listagem de bloco de notas

    Yotam Ottolenghi, célebre encantador de vegetais, colunista de receitas do jornal inglês The Guardian e autor de muitos livros, além de empresário, e seu sócio nos restaurantes, Sami Tamimi, fazem um panorama gastronômico da cidade, com pratos de todas as culturas que ali vivem. Com histórias pessoais e menções a lugares e pessoas fundamentais da cidade, o livro nos teletransporta à cidade e nos ensina maravilhas como o couscous queimadinho com molho de tomate, a abóbora com tahini e cebola roxa e o frango com xarope de romã.

  • “Culinária Libanesa” (Ernest Books, 2019)

    Imagem da listagem de bloco de notas

    A autora Salma Hage é uma avó libanesa que entende muito de comida. Neste livro, uma bíblia clássica de culinária caseira, é um compêndio para entender a culinária do Líbano, tão bem representada em algumas cidades do Brasil. Para quem quer fazer em casa, são mais de 500 pratos, desde mezes leves até outros mais substanciosos, como toda sorte de cordeiro. Hage foi premiada com o James Beard Foundation por outro livro em que ensina receitas vegetarianas, então vale focar também nas receitas de verduras e legumes que estão neste livro também.

  • “Culinária Japonesa” (Ernest Books, 2019)

    Imagem da listagem de bloco de notas

    Não implique porque o nome da autora é, em parte ocidental, pois Nancy Singleton Hachisu entende do riscado. Mora desde 1988 em uma fazenda orgânica no Japão e apresenta uma pesquisa abrangente e fiel à cozinha do país, com pratos tão delicados como o flan salgado, fáceis, como a berinjela no vapor, e deliciosos como o frango com gergelim. Nas receitas simples de izakaya como espetinhos até os mais sofisticados, ela usa produtos encontrados em todo o mundo e não apenas os inviáveis ultralocais e ensina o passo a passo em detalhes. Não deixe de ler a apresentação do livro, que traz um panorama histórico de ingredientes e receitas do país.

Um assunto a cada sete dias