Desde dicas sobre botânica até o debate sobre tráfico e encarceramento, a MãeConheira fala sobre tudo o que envolve o mundo da maconha. Carioca radicada na França, é precursora no nicho de influenciadores e JARDINEIROS DA CANNABIS. No Instagram, faz uma espécie de “diário virtual canábico” para compartilhar os cuidados com sua plantação, além de realizar lives didáticas sobre o cultivo indoor da maconha.

O MERCADO DA CANNABIS é relativamente novo, mas seu potencial de expansão é nítido, principalmente no ambiente virtual. Óleos e hidratantes para a pele e acessórios que vão desde utensílios de cozinha a ecobags fazem parte da lista da Humble Bloom, empresa liderada pela ativista Solonje Burnett e que tem como objetivo quebrar estigmas, humanizar marcas em crescimento e conectar as comunidades por meio de educação sobre a planta.

Durante a pandemia, São Paulo teve recorde de apreensão de maconha e uma alta expressiva nas prisões por tráfico na Cracolândia. O Brasil tem uma das maiores populações carcerárias do mundo e tem na LEI DAS DROGAS um dos fatores que estimulam o crescimento do cárcere — desde que começou a valer, o número de pessoas presas por tráfico aumentou.

O diretor brasileiro Rodrigo Mac Niven estreou no universo documental com o debate sobre a LEGALIZAÇÃO DAS DROGAS em sete países: Argentina, Brasil, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Inglaterra e Suíça. “Cortina de Fumaça” (2010) traz argumentos pró-legalização focado em diferentes contextos culturais e sociais.

A cannabis tem afetado até o mercado da moda onde foi legalizada com a utilização do cânhamo, uma alternativa ao algodão. A reportagem de Dhani Mau mostra que a cultura da maconha foi à moda e criou um novo estilo de vida. Trata-se de um MERCADO LUCRATIVO, cuja criação de postos de trabalho jamais arrefece, desde que foi liberado o uso recreativo da planta em alguns estados dos Estados Unidos.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) já havia liberado o uso de remédios à base de canabidiol para jovens epilépticos, mas o produto não era produzido no Brasil. Tudo mudou em maio de 2020, quando a Universidade de São Paulo desenvolveu o extrato de canabidiol pela primeira vez. A instituição é PIONEIRA NOS ESTUDOS SOBRE A MACONHA e a que mais publica artigos sobre o tema no mundo, de acordo com o estudo estudo Global Trends in Cannabis and Cannabidiol Research from 1940 to 2019, publicado na revista Current Pharmaceutical Biotechnology.

O racismo estrutural afeta todas as camadas da sociedade e é particularmente nítido quando o assunto é a criminalização da maconha. Pessoas negras são as mais condenadas por tráfico, o que reforça o estereótipo de que cometem mais crimes do que pessoas brancas. Ao abordar a legalização da maconha nos Estados Unidos, “BASEADO EM FATOS RACIAIS” (2019), de Fred Brathwaite, aborda a injustiça social e racial causada pela criminalização da maconha e traça um paralelo entre a erva e a música, ao mostrar sua ligação com a história do jazz, hip-hop e do rap.

No dia 20/04 (04/20 nos Estados Unidos) é comemorado o Dia da Cannabis, uma vez que a data repete os números de 4:20, horário que virou um CÓDIGO ASSOCIADO À MACONHA. Para celebrar a data tão cara aos connoisseurs, a estação de rádio on-line NTS Radio preparou uma playlist perfeita para repassar para os seus amigos.

E se o debate sobre raça e gênero também estivesse incluído na conversa sobre a criminalização da maconha? O racismo é um agravante na abordagem da CRIMINALIZAÇÃO DA CANNABIS, que tem nas mulheres negras sua maior vítima, como mostra reportagem da Refinary 29.

O quanto você sabe sobre CANNABIS? A Broccoli é uma revista focada em trazer as principais notícias sobre a planta, além de dicas, inspirações de moda e referências no ativismo pró-liberação. Tudo com design caprichadíssimo.