Como as desigualdades afetam o Brasil?

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Bloco de notas

Conteúdos para entender a desigualdade no Brasil

Uma ferramenta interativa, reportagens, podcasts e relatórios que nos ajudam a pensar as imensas diferenças de condições de vida no país

Conteúdos para entender a desigualdade no Brasil

27 de Abril de 2025
Foto de Johnny Miller / Unequal Scenes

Uma ferramenta interativa, reportagens, podcasts e relatórios que nos ajudam a pensar as imensas diferenças de condições de vida no país

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    Analisar o seu rendimento frente a realidade dos brasileiros pode tornar o conceito de desigualdade mais palpável. A calculadora de salário do Nexo Jornal agiliza esse processo: informando a sua remuneração mensal e o estado em que você mora, a ferramenta compara o seu salário ao do restante da população. Em gráficos intuitivos, aponta a porcentagem que os seus ganhos representam no salário de um deputado federal, de um juiz, de um médico e de um professor da educação básica, além da relação com a média dos brasileiros e dos habitantes do seu estado.

  • Como as desigualdades traçam nossos destinos? É isso que pretende investigar a série “Desiguais”, do Foro de Teresina, podcast da revista piauí. Os seis episódios, apresentados pela jornalista Carol Pires, exploram a multiplicidade das desigualdades, a importância de entender suas origens e a luta para desconstruir as estruturas opressoras e construir um futuro mais justo. O médico Alexandre Kalache, os escritores Luiz Antônio Simas e Conceição Evaristo, a consultora da ONU Mulher Benilda Brito e a Mãe Beth de Oxum são algumas das pessoas entrevistadas. Com produção da Maranha Filmes e apoio da Fundação Tide Setubal, OAK Foundation e Ford Foundation.

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    No marco de seus 10 anos de existência, a organização não governamental Oxfam Brasil preparou um relatório das desigualdades que permearam o Brasil entre 2014 e 2024. Além de analisar índices como a evolução da desigualdade de renda, o documento aponta caminhos para a próxima década, refletindo sobre o papel da democracia e da participação social ativa.

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    Conhecido pelo projeto “Unequal Scenes” (Cenas Desiguais), em que retratou o contraste entre áreas ricas e pobres na África do Sul, Namíbia, Tanzânia, Quênia, Índia, México e Estados Unidos, o fotógrafo americano Johnny Miller esteve no Brasil em 2020. As fotos tiradas por ele no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Belo Horizonte mostram a desigualdade brasileira vista do alto e aparecem nesta reportagem da BBC. Ele contou suas impressões sobre nosso país, afirmando, à época, que “infelizmente, não está no caminho certo [para redução das desigualdades]”. Desde então, fotografias em outras cidades brasileiras apareceram no instagram de Miller.

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    No Brasil, 1% da população mais rica recebe mais de 25% da renda nacional. Para explicar números alarmantes como esse, o doutor em sociologia Pedro H. G. Ferreira de Souza compilou seus estudos no livro “Uma História da Desigualdade: a concentração de renda entre os ricos no Brasil (1926-2013)” (Hucitec, 2018). Ele discute como o Brasil, nos anos 1920, tinha a desigualdade apenas um pouco mais elevada que a dos países desenvolvidos, se mantendo no mesmo patamar nos dias de hoje — enquanto os países ricos passaram por um “grande nivelamento” no pós-guerra.

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    Como as desigualdades se traduzem no crescimento econômico? A partir de comparações de pólos opostos, como lugares onde se vive menos e onde se vive mais, o economista Pedro Fernando Nery aborda pautas econômicas, sociais e políticas importantes. “Extremos: um mapa para entender as desigualdades no Brasil” contém desde as reformas (tributária, administrativa e previdenciária), passando por crescimento das cidades, imigração, biodiversidade, investimento na educação e programas de transferência de renda até chegar a um conjunto de propostas para mudar o país.

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    Um estudo do World Inequality Lab (Laboratório das Desigualdades Mundiais), da Escola de Economia de Paris, confirmou a posição do Brasil como um dos países com maior desigualdade social e de renda do mundo. Neste vídeo, a BBC ilustra quatro dados sobre o país retirados da pesquisa e explica, a partir de entrevista com o economista Lucas Chancel, possíveis soluções para esse problema complexo. Ele fala, por exemplo, da necessidade de taxação dos mais ricos: “Temos um exemplo infeliz da adoção de um programa de redistribuição de renda sem modificar estruturalmente, ao mesmo tempo, quem vai pagar o imposto que financia a medida”.

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    Para entender em que patamar de desigualdade estamos atualmente, um bom panorama é a versão mais recente do Relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades, de 2024. O documento aponta para uma redução no desemprego, um aumento no rendimento médio e um crescimento na proporção de mulheres negras jovens cursando o ensino superior. Apesar disso, registra o aumento da desnutrição entre crianças indígenas e a progressão nas emissões de CO2 per capita.

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    Entender que a desigualdade social e racial andam lado a lado é fundamental para compreender melhor o Brasil. Este artigo do coordenador do Núcleo de Estudos Raciais do Insper Daniel Duque, publicado no Nexo, facilita essa compreensão com dados, gráficos e explicações sobre a grande disparidade na renda pública e privada entre brancos e negros.

  • Coautor de “Poder e Desigualdade” (Civilização Brasileira, 2024), o economista André Roncaglia esteve no podcast Ilustríssima Conversa, da Folha de S. Paulo. No episódio, ele discute ideias presentes no livro, que propõem alguns pilares para a desigualdade no país: a concentração do poder midiático, do poder político e do poder econômico. Roncaglia defende a adoção de um novo discurso pela esquerda, que dialogue com um desejo comum de prosperidade meritocrática, ainda que desafiando essas ideias. “As esquerdas, infelizmente, ainda estão presas a um discurso do passado —e eu me incluo porque também não sei como mobilizar.  É preciso redesenhar uma lógica de prosperidade que seja sensível às questões sociais.”

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Esse conteúdo é parte de uma série produzido com apoio da Fundação Tide Setubal, uma instituição que fomenta iniciativas que promovem a justiça social e o desenvolvimento sustentável de periferias urbanas e contribuem para o enfrentamento das desigualdades socioespaciais das grandes cidades, em articulação com diversos agentes da sociedade civil, de instituições de pesquisa, do Estado e do mercado. Para saber mais, visite o site.

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