O que pensa o elenco de “Vale Tudo”?

Revivendo personagens icônicos da teledramaturgia brasileira, o elenco de “Vale Tudo” (2025) encara o desafio de traduzir seus dilemas para o Brasil de hoje. A trama, originalmente exibida entre 1988 e 1989, explora o dilema moral que batiza a novela: no jogo da vida, vale tudo para vencer? Cada personagem responde ao questionamento à sua maneira — nem sempre da forma mais ética. Mas e os atores e a autora do remake? O Questionário Proust mostra o que move esses artistas fora das câmeras.

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A partir das 35 perguntas, Alice Wegmann, Cauã Reymond, Luis Lobianco, Maeve Jinkings, Malu Galli e Manuela Dias reveleram preferências, valores, histórias pessoas e mais. A seguir, confira as respostas selecionadas por Gama.

Alice Wegmann, atriz que vive a chérie workaholic Solange Duprat

• G |Que característica mais detesta em você?

  Alice Wegmann |

  Sou distraída. Penso: preciso mandar mensagem para fulana. Olho para o passarinho que passa, só vou lembrar da mensagem de novo cinco dias depois… Um horror.

• G |Que pessoa viva você mais admira?

  AW |

  Minha avó Maria Ignez. Teve três filhos, fez faculdade depois do último, fez fonoaudiologia, montou um grupo de contadoras de histórias, escreveu livros e deu curso de memória (que ela mesma inventou) para 50 pessoas. Toda quarta-feira, ela faz um jantar para os três filhos, noras, oito netos, quatro bisnetos…

• G |Qual é o seu maior medo?

  AW |

  Perder interesse e curiosidade pela vida. E não envelhecer.

Cauã Reymond, ator e produtor que vive o cafajeste bonitão César Ribeiro

• G |Qual é sua ideia de felicidade perfeita?

  Cauã Reymond |

  Que o dia tivesse 30 horas, eu dormisse 10 e sobrasse mais 20. Pra dar tempo de poder trabalhar, cuidar da saúde, curtir os amigos, a família, fazer um esporte e ainda ter um hobby.

• G |Qual é o seu maior medo?

  CR |

  De doenças que fogem do nosso controle. Perdi minha mãe para um câncer, então sei exatamente o que é isso.

• G |Quando e onde você foi mais feliz na vida?

  CR |

  Na adolescência, com meus campeonatos de jiu-jitsu, quando eu morava em Santa Catarina, uma época muito especial.

Luis Lobianco, ator que vive o Freitas, assistente de Marco Aurélio na TCA

• G |O que você considera o nível mais baixo da desgraça?

  Luis Lobianco |

  Exploração da fé das pessoas.

• G |O que você mais detesta?

  LB |

  Bagunça com o meu tempo: Atraso meu, dos outros ou gente me apressando. Sou super pontual, que é das virtudes mais ingratas, muitas vezes as testemunhas não chegaram.

• G |Qual seu grande arrependimento?

  LB |

  Não saber reagir imediatamente a uma provocação, agressão ou violência. Eu paraliso, volto a ser criança. Depois todas as respostas possíveis ficam girando na minha mente.

Maeve Jinkings, atriz que vive a advogada ambientalista Cecília Cantanhede

• G |Quando e onde você foi mais feliz na vida?

  Maeve Jinkings |

  Nas primeiras horas após minha corrida ou treino! Gente! Resolve todos os problemas!

• G |Em que ocasião você mente?

  MJ |

  Quando sinto que a pessoa não deseja saber a verdade. Ou por uma diversão inocente. Mas em geral sou uma péssima mentirosa.

• G |Se você morresse e voltasse como uma coisa ou uma pessoa, o que você gostaria de ser?

  MJ |

  Posso escolher a Beyoncé? Apenas isso.

Malu Galli, atriz e diretora que vive a tia Celina, o contraponto da vilã Odete

• G |Qual é a sua maior extravagância?

  Malu Galli |

  Falar o que penso.

• G |Se você morresse e voltasse como uma coisa ou uma pessoa, o que você gostaria de ser?

  MG |

  Uma liderança que resolvesse o problema da concentração de renda no mundo.

• G |Qual sua ocupação favorita?

  MG |

  Varrer o chão da cozinha do meu sítio de manhã, antes de fazer o café.

Manuela Dias, autora do remake

• G |Quem é seu herói na ficção?

  Manuela Dias |

  Com quem eu mais me identifico? O Coelho da Alice. Sinto que estou sempre atrasada.

• G |Qual é o seu pertence mais estimado?

  MD |

  Meu altar e minhas edições anotadas da Ilíada e da Odisseia – que ficam no altar.

• G |O que considera sua maior conquista?

  MD |

  Poder mudar de opinião.