Como ajudar durante a crise do coronavírus — Gama Revista
©Gleeson Paulino

Como ajudar durante a crise do coronavírus

Uma lista de iniciativas e instituições que podem melhorar a vida de muita gente em tempos de pandemia

Manuela Stelzer 23 de Maio de 2020

Ajudar virou o verbo do momento. De acordo com o Google Trends, nunca se buscou tanto por formas de dar assistência a quem precisa. A tendência talvez não dure para sempre – mas, dadas as previsões de que a pandemia dure meses, talvez anos, elas podem fazer toda a diferença.

Em meio à crise sanitária, a desigualdade brasileira tem se destacado ainda mais. Até porque a disseminação do vírus é maior por causa dela e atinge em cheio quem não tem condições de praticar o distanciamento social.

Gama selecionou uma série de ideias e iniciativas de ajuda nestes tempos coronavírus para quem deseja colaborar.

Frente de Ajuda Aldeia Cipiá

A iniciativa se organizou para arrecadar doações para a comunidade indígena Cipiá e outras três próximas, todas situadas sobre o Rio Negro, na Amazônia, e que vivem exclusivamente de turismo e artesanato. A arrecadação será feita até dia 7 de junho por meio de doações voluntárias no valor mínimo de R$ 5. Para cada R$ 250 doados, uma fotografia impressa da preferência do doador será entregue como recompensa. As imagens cedidas foram feitas pelo fotógrafo Gleeson Paulino na própria comunidade Cipiá (como a foto acima, que ilustra esta matéria), e os fundos arrecadados (descontados as taxas administrativas de pagamento e custos de impressão) serão convertidos para a compra de itens de necessidade dos grupos indígenas. As doações são feitas pelo site.

De máscara, como preveem as autoridades sanitárias, integrantes do coletivo Arouchianos recebem doações para auxílio da população LGBT+

Coletivo Arouchianos

O coletivo LGBT+ atua desde 2016 na região do Largo do Arouche, no centro de São Paulo, e dá assistência a pessoas em situação vulnerável. Durante a pandemia, eles se mobilizaram para doar cestas básicas, kits de higiene e máscaras para a comunidade LGBT+. Na página do coletivo no Facebook é possível doar qualquer valor para a compra dos itens de necessidade básica e para o acolhimento de pessoas LGBT+ que não têm acesso ao Auxílio Emergencial Federal e com mínimas condições de moradia.

Casa Chama

A organização civil de ações socioculturais com foco em artistas LGBTQIAP+ surgiu da necessidade de criar um ambiente de convívio seguro e produz de eventos culturais e grupos de estudo a projetos de cuidado e apoio jurídico. Durante a crise sanitária, a Casa Chama fez um fundo emergencial de doações para auxiliar pessoas transgênero afetadas pela pandemia. Para apoiar, é possível contactar o grupo pelo site, ou doar para o fundo.

Corona No Paredão

O projeto foi idealizado pela ONG Gerando Falcões, que atua em rede para trazer esporte, cultura, educac?a?o e qualificac?a?o profissional às favelas. A nova ação da ONG, que leva a hashtag #cestou no Instagram, trabalha para oferecer cestas básicas e comida aos mais vulneráveis durante a pandemia. O projeto contou com a ajuda de artistas por meio de um desafio, no qual obras são vendidas e o dinheiro arrecadado são convertidos para a compra de cestas básicas. É possível também doar pelo site da ONG.

Makers contra a Covid-19 e Rede de Proteção Solidária

Ambos os projetos focam na produção de máscaras para profissionais de saúde na linha de frente do combate à pandemia. As “faceshields”, um dos equipamentos de proteção individual, são produzidas em casa, com a ajuda de voluntários, ou com o auxílio de impressoras 3D, e enviadas para hospitais de todo o Brasil. Todas as informações para doar ou conseguir o material necessário para a produção das máscaras estão disponíveis no site do Maker contra a Covid19, e também no site da Rede de Proteção Solidária.

Voluntários do projeto Dois Pães e Um Pingado distribuem café da manhã para pessoas em situação de rua no centro de São Paulo

Dois Pães e Um Pingado

Jornalista e psicanalista, Julia Bandeira é idealizadora das iniciativas Mar Pela Primeira Vez e Dois Pães e Um Pingado. Ambos os projetos sociais estão voltados, durante a crise da pandemia, para o apoio de famílias vulneráveis e moradores de rua de São Paulo. As entregas de kits de higiene, doações de roupas e cestas básicas são feitas pela própria jornalista e equipe, e divulgadas em seu perfil do Instagram. Para apoiar a causa, é possível doar para qualquer um dos fundos a partir dos perfis dos projetos.

Entrega do Bem

Pequenas ações espontâneas podem virar um movimento importante de ajuda. Essa campanha incentiva a doação de comida para entregadores de delivery, que estão nas ruas se arriscando para sobreviver — e garantir o almoço de quem está confinado. A ideia é pedir um prato pelo app e avisar ao entregador (pela plataforma de mensagem do aplicativo) de que se trata de uma doação. A campanha também estimula o compartilhamento da ação nas redes sociais, para maior divulgação.

Fotografia de Omar Britto, fotógrafo integrante do coletivo Favelagrafia

Favelagrafia

O projeto foi criado por nove fotógrafos de nove favelas cariocas. No enfrentamento da crise do vírus e seus impactos, o grupo organizou um leilão beneficente de fotografias, no qual 100% do dinheiro arrecadado será convertido em cestas básicas e kits de higiene para famílias dessas comunidades. O leilão ocorrerá no dia 28 de maio. No site Favelagrafia é possível fazer lances para as fotografias leiloadas. Além disso, em um post do grupo, incentivam também a ação de levar água e sabão para comunidades vulneráveis, e listam algumas que precisam do apoio.

Associação de Resgate à Cidadania por Amor à Humanidade

A Associação de Resgate à Cidadania por Amor à Humanidade (Arcah) é um projeto de assistência a pessoas em situação de rua – para quem o isolamento social simplesmente não é uma opção. No site da iniciativa é possível doar por meio de transferência bancária — o dinheiro arrecadado será convertido para a compra de sabonetes, álcool em gel e máscaras para quem vive nos centros de acolhida de São Paulo. No Instagram do projeto são também veiculadas lives, entrevistas e outras campanhas de apoio.

Uma das mulheres que trabalha no restaurante bistrô Mãos de Maria auxilia na entrega e na produção das marmitas

Mãos de Maria

Desde sua inauguração em 2017, o restaurante bistrô de Paraisópolis foca na geração de emprego e renda para mulheres da comunidade na área da gastronomia. Iniciativa da Associação das Mulheres de Paraisópolis, que desde 2006 busca equidade e a segurança para mulheres da comunidade, o Mãos de Maria teve sua produção afetada pela crise do coronavírus, então o grupo organizou uma campanha de entrega de marmitas gratuitas para famílias vulneráveis da comunidade. Para contribuir com a produção e a entrega das quentinhas, há um fundo de doações.

Fotografia que ilustra as páginas das redes sociais do Instituto Peabiru

Instituto Peabiru

Organização paraense que atua no campo dos direitos sociais e ambientais dedicada à Amazônia Oriental, o instituto criou um comitê interno para a condução de ações de combate à propagação da Covid-19. Várias frentes de atuação dão apoio a comunidades quilombolas no Pará. Seu perfil do Instagram divulga diferentes campanhas de apoio a causas relacionadas ao meio ambiente.

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