Bloco de notas da Semana "O que você lembra?" — Gama Revista
O que você lembra?

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Bloco de notas

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Um acervo da memória LGBTQI+ no Brasil, a discussão sobre museus europeus e a devolução de itens roubados, nossa mania de romantizar o passado. Veja a seleção de dicas da equipe Gama

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Um acervo da memória LGBTQI+ no Brasil, a discussão sobre museus europeus e a devolução de itens roubados, nossa mania de romantizar o passado. Veja a seleção de dicas da equipe Gama

22 de Agosto de 2021
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    Unsplash

    Por que ROMANTIZAMOS O PASSADO? A partir da vivência pandêmica (e da saudade de como as coisas eram antes), reportagem do New York Times fala sobre nossa tendência cognitiva de achar que o passado foi melhor do que realmente foi. Além da óbvia preferência por lembrar das coisas boas e esquecer das ruins, há estudos que evidenciam que memórias associadas a emoções negativas desaparecem mais rapidamente do que aquelas ligadas a emoções positivas – um mecanismo de defesa do cérebro.

  • No minidocumentário “Origens: Quem Não Sabe de Onde Veio Não Sabe para Onde Vai?” (2021), os cantores MC Carol e Péricles, o humorista Yuri Marçal e a jornalista e escritora Eliana Alves Cruz contam sobre sua vivência, permeada por situações de racismo, e fazem teste de DNA para saber mais sobre sua origem, refletindo sobre a importância da MEMÓRIA DE ONDE SE VEM.

  • “Ainda não temos o direito à memória LGBTI brasileira”

    O pesquisador e psicólogo social Remom Bortolozzi é gestor do Acervo Bajubá, que reúne mais de 4 mil itens da história e cultura LGBTQI+ nacional: revistas, livros, discos, ingressos de eventos, entre outros tipos de documentos. Ao Nexo Jornal, ele falou sobre a importância e as dificuldades de documentar a trajetória de uma comunidade historicamente marginalizada.

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    Museo de la Memoria y los Derechos Humanos

    A instituição que melhor REMEMORA A DITADURA MILITAR na América do Sul é o Museu da Memória e dos Direitos Humanos, em Santiago, no Chile. Sediado em uma construção arrojada, o espaço revela o período no país, que durou de 1973 a 1990, com publicações, imagens, áudios e vídeos. Impossível não se arrepiar com o mural gigante de fotos de algumas das quase 4 mil pessoas assassinadas na época.

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    Nos últimos anos, ganhou mais fôlego a discussão sobre MUSEUS EUROPEUS DEVOLVEREM ITENS tirados de países invadidos durantes os períodos coloniais. Em 2017, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que daria início a uma restituição de patrimônios africanos presentes nos museus do país – mas pouco foi feito desde então. O Museu Britânico, em Londres, já devolveu uma série de artefatos ao Iraque, mas ainda se recusa a retornar à Grécia as famosas Frisas do Partenon. O ativista congolês Mwazulu Diyabanza tem transitado pela Europa tentando fazer justiça com as próprias mãos.

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    Glória Flugel

    A cantora Anelis Assumpção, filha do também cantor Itamar Assumpção (1949-2003), escreveu na Gama sobre memória e ancestralidade, reflexão que a levou a lançar um museu virtual dedicado ao pai. Para além de homenagear a obra deixada por ele, o objetivo é difundir a MEMÓRIA PRETA e traçar diálogos afrofuturistas.

  • No documentário “Elena” (2013), a diretora mineira Petra Costa (indicada ao Oscar por “Democracia em Vertigem” em 2020) faz um mergulho poético por registros da história da irmã, 14 anos mais velha, que cometeu suicídio em 1990. Elena Andrade tinha ido a Nova York tentar a carreira de atriz e caiu em profunda depressão. O longa é uma sensível reflexão sobre família, memória, exílio, arte e dor. Disponível na Netflix.

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    Mubi

    “Essa é a história de um homem marcado por uma imagem de infância.” Assim começa o média-metragem francês “La Jetée” (1962), do diretor Chris Marker, que ousou na linguagem – ele foi criado quase inteiramente a partir de fotografias – e na temática e que influenciou toda uma geração cultural. Na ficção científica, passada em um mundo pós-terceira guerra mundial, um homem é submetido a uma experiência de viagem no tempo na esperança de encontrar um meio para salvar a humanidade. O que acaba alcançando é uma VISITA ÀS SUAS PRÓPRIAS MEMÓRIAS. Disponível no Youtube (com legendas em inglês) e no Mubi.

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    Companhia das Letras

    Em “Os Vestígios do Dia” (Companhia das Letras, 2016), um mordomo faz uma viagem de carro pelo interior da Inglaterra no verão de 1956 e revisita MEMÓRIAS DE SUA CARREIRA trabalhando na mansão de Darlington Hall, entre reflexões sobre seu papel e aspectos obscuros da vida dos patrões. Premiado, o livro é a obra-prima do escritor nipo-britânico Kazuo Ishiguro, ganhador do Nobel de Literatura.

  • No final do século 19, o exército matou todos os habitantes do povoado de Canudos, na Bahia, inclusive o líder, Antônio Conselheiro. Do Instituto Moreira Salles, o podcast “Sertões: Histórias de Canudos” retoma os pormenores dessa história e expõe como ela foi representada no Brasil com o passar dos anos. Permeia a narrativa partes de “Os Sertões” (1902), de Euclides da Cunha, que relatou o crime e se tornou uma das obras mais importantes da literatura brasileira.