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Como são as semanas de moda na pandemia

Quando a pandemia do novo coronavírus se espalhou pelo planeta, entre o final de fevereiro e o começo de março, as semanas de moda do primeiro semestre estavam no auge. Já naquela época, muito se debateu sobre qual seria o futuro dos desfiles e se os eventos presenciais seriam realmente necessários daqui para frente. Enquanto as temporadas Resort, Alta-Costura e Masculina se adaptaram ao mundo digital nos meses que se seguiram, as principais fashion weeks do Verão 2021 optam agora por um formato híbrido, aproveitando a ligeira melhora da situação pandêmica no hemisfério norte. Em Londres, Nova York e Milão, desfiles remotos e reduzidas apresentações físicas — seguindo novos protocolos de segurança e higiene — ocuparam as passarelas desde meados de setembro. Já a Paris Fashion Week, que começou nesta semana, seguirá com eventos majoritariamente presenciais. Para entender o que se passa com a aguardada temporada em plena pandemia, a Vogue Portugal, o New York Times e a UOL prepararam guias completos, e este podcast da ELLE Brasil explica por que esse período é o mais importante para a moda mundial.
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Ambiência e espacialidade ao pé do ouvido

Nascida para segurar o mundo sob sua língua, “You, at the End” (você, no final) é a peça central de “The Fifth Season”, novo álbum de Lafawndah, lançado no início de setembro. Trombone, tuba, ambiência e uma espacialidade surreal permeiam o disco, inserindo-o numa genealogia de músicos de vanguarda como Brigitte Fontaine e Scott Walker. A iminência cinematográfica de que algo pode acontecer a qualquer segundo é aguda ao longo de todo o disco, mas ainda mais urgente nesta faixa, que lembra a Bjork da era “Volta”, ao mesmo tempo em que conversa com a cantora britânica FKA Twigs e recorda alguma trilha sonora de um filme exibido na madrugada. Lafawndah (née Yasmin Dubois), metade egípcia, metade iraniana, cresceu em Paris, morou no México, passou parte da infância em Teerã e hoje costura referências do jazz de vanguarda, da música de câmara, do folk, da literatura (a canção é um poema da performer Kate Tempest musicado). Para os dias em que o isolamento bater mais forte.