Uma estrela mirim que tinha tudo para ser um grande sucesso, mas se afasta dos palcos por motivos misteriosos. Essa é a premissa de “Ninguém sabe que eu estou aqui”, novo filme da Netflix e já disponível na plataforma. Isolado em uma fazenda no Chile, o agora adulto Memo, interpretado por Jorge García — o Hurley, de “Lost” —, tem dificuldades de se comunicar com outras pessoas e opta pela solidão. Com um toque de surrealismo, o diretor Gaspar Antillo conduz o espectador pelo labirinto que é a vida do ex-cantor, revivendo os traumas da juventude e os motivos pelos quais Memo não deu sequência a sua carreira musical.
A criação de um artista é dos assuntos mais enigmáticos que existem no mundo da arte. Há algo de encantador e misterioso no processo que transforma uma simples ideia em obra completa. “Eu Contra Eu”, novo curta metragem do diretor Marco Paoliello “Grilo”, explora a dinâmica de criador e criatura pela história do também diretor Vinícius Henrique “Vila Cesamo”. Acompanhamos as gravações de “Licionéia”, filme produzido por Vila Césamo em 2019 e entre gravações nos sets, passeios de bicicleta e o trabalho de chaveiro, o curta demonstra a inquietude de um criador que, para viver, tem de criar.
Um pouquinho dele vem de graça até você. Na plataforma #EmCasaComSesc há uma série de filmes em exibição para assistir em streaming, sob curadoria do CineSesc. Toda semana são disponibilizados quatro novos títulos, longas e documentários, para diferentes tipos de público. Entre os destaques, "Eu Sou Ingrid Bergman" (2015), que remonta a trajetória de uma das mais premiadas atrizes da história do cinema, e um clássico dos anos 1950, "A Carruagem de Ouro" (1952), que marca a volta do francês Jean Renoir à Europa depois de anos morando nos Estados Unidos. Só vale ter atenção às datas: os filmes têm permanência temporária.
Crônicas de Ana Paula Maia, Cidinha da Silva, Geovani Martins e Itamar Vieira Junior; filmes da atriz e diretora Helena Ignez e do cineasta Takumã Kuikuro; vídeos dos artistas Edgar e Leona Vingativa e do fotógrafo Marcelo Rocha; e uma apresentação musical da Família Ernest Dias estão entre os primeiro trabalhos do programa IMS Convida. O Instituto Moreira Salles concebeu o programa como uma forma de dar apoio à prática artística durante a quarentena. Cerca de 60 artistas e coletivos produziram obras inéditas que levaram em conta a pluralidade e a diversidade do Brasil, que serão publicadas diariamente na plataforma. Na lista estão ainda nomes como os rappers Brô MCs, o cartunista Angeli, o cineasta Karim Aïnouz, o fotógrafo Roger Cipó e o coletivo Slam das Minas.
Como um acampamento de férias hippie se transformou em um movimento pelos direitos de pessoas com deficiência? O documentário "Crip Camp: Revolução pela Inclusão" (2020) tem a resposta. Produzido pela família Obama, o filme conta a história do "Camp Jened", um camping americano para pessoas com deficiência. O ambiente liberal e inclusivo do local deu origem a uma geração de jovens politizados que, inspirados na luta por direitos civis americanos, formaram um movimento próprio e conseguiram mudar leis. O filme é uma lembrança que mudanças na sociedade só são conquistadas com muito esforço. Dirigido por Nicole Newnham e Jim Lebrecht, que frequentou a habitação, o documentário está disponível na Netflix.