Conteúdos sobre documentário na Gama Revista

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Verdades imbatíveis

O festival internacional de documentários É Tudo Verdade, o mais importante da América Latina, quase deixou de celebrar seus 25 anos de existência. Mas contra uma verdade bem contada, nem uma pandemia é páreo. Com 60 produções de vários países disponíveis no site, o festival acontece de forma remota e traz, até domingo, filmes que se debruçam sobre histórias reais de temas como música, jornalismo, ditadura militar brasileira e o próprio cinema. Nos próximos dias, alguns títulos se destacam na programação: “Fico te devendo uma carta sobre o Brasil”, que entrelaça a história de uma família com a ditadura e investiga o papel do silêncio no apagamento da memória, será transmitido no dia 2 e 3 de outubro; “Santiago das Américas ou O Olho do Terceiro Mundo”, do veterano Silvio Tendler, que traz a história de um importante documentarista cubano da década de 1960, estará disponível no site do festival no dia 3; e “Jair Rodrigues - Deixa que digam”, um retrato do artista e do Brasil, será transmitido no dia 1 e 2.
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O legado das mulheres negras na política

Dirigido por Éthel Oliveira e Júlia Mariano, o documentário "Sementes: Mulheres Pretas no Poder" acompanha a trajetória de seis candidatas negras aos cargos de deputada federal e estadual nas eleições de 2018. São mulheres que decidiram responder politicamente ao assassinato da vereadora Marielle Franco, que ocorreu no início do mesmo ano, disputando espaço no Congresso e na Assembleia Legislativa. O documentário está disponível no canal do Youtube da distribuidora Embaúba Filmes, e revela percursos e desafios das campanhas de Mônica Francisco, Rose Cipriano, Renata Souza, Jaqueline de Jesus, Tainá de Paula e Talíria Petrone, todas no Rio de Janeiro, estado que teve maior número de candidatas autodeclaradas pretas concorrendo em 2018.
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Caetano e Beatles para celebrar a esperança

Em 1968, os Beatles lançavam “Hey Jude”. Também em 1968, Caetano Veloso era preso pela ditadura militar. A canção, que a primeira vista não tem qualquer relação com o músico brasileiro, ganha uma nova versão na voz do cantor. Lançada em conjunto com o documentário “Narciso em Férias” (2020), – disponível no GloboPlay – o cover dos Beatles retrata a esperança sentida por Caetano ao ouvir a música durante um dos períodos mais escuros da vida do cantor. Enquanto estava preso, Caetano escutava “Hey Jude” no rádio de um sargento e o som lhe servia como um anúncio de luz. Única faixa inédita do documentário, a “Hey Jude” de Caetano pode também nos fornecer um sopro de esperança para os dias de hoje e a possibilidade de um futuro melhor.
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‘Eu sou capaz de me apaixonar’

É o que diz uma das personagens da nova série documental da Netflix, “Amor no Espectro”, que acompanha o dia a dia de sete jovens adultos australianos (e autistas) que estão em busca de sua metade da laranja. Encontrar o amor pode ser difícil, e para pessoas no espectro, é uma tarefa ainda mais complicada. Apesar dos desafios de se comunicar e socializar, parte da rotina diária dos personagens, a produção tenta desmistificar o falso estereótipo de que pessoas no espectro seriam incapazes de se relacionar. E a verdade é que, dentro ou fora dele, todo mundo já enfrentou um primeiro encontro embaraçoso, ou não soube lidar direito com mundo imprevisível dos relacionamentos.
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A floresta ganha voz

Em 1987, surge a Aliança dos Povos da Floresta, uma união de lideranças de povos indígenas e seringueiros do Brasil para reivindicar demarcação de territórios e criação de reservas. Mais de 30 anos depois, em um momento decisivo do debate sobre mudanças climáticas, eles ganham espaço na nova série do Le Monde Diplomatique, que ao longo de seis semanas, trará reflexões sobre o legado da aliança para o meio ambiente. Com 16 entrevistas e um minidocumentário, a série “Vozes da Floresta - A Aliança dos Povos da Floresta de Chico Mendes a nossos dias” conta com a participação de indígenas, seringueiros e pensadores para discutir erros e acertos da militância do grupo dos anos 1980 até hoje.
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Uma comunidade hippie inclusiva

Como um acampamento de férias hippie se transformou em um movimento pelos direitos de pessoas com deficiência? O documentário "Crip Camp: Revolução pela Inclusão" (2020) tem a resposta. Produzido pela família Obama, o filme conta a história do "Camp Jened", um camping americano para pessoas com deficiência. O ambiente liberal e inclusivo do local deu origem a uma geração de jovens politizados que, inspirados na luta por direitos civis americanos, formaram um movimento próprio e conseguiram mudar leis. O filme é uma lembrança que mudanças na sociedade só são conquistadas com muito esforço. Dirigido por Nicole Newnham e Jim Lebrecht, que frequentou a habitação, o documentário está disponível na Netflix.
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Contra fake news, cinema verdade

No momento em que o perigo das fake news pode custar vidas e que se vive o distanciamento social como regra, o Festival É Tudo Verdade resolve não adiar sua realização totalmente (alguns filmes serão projetados em setembro) e disponibiliza 31 documentários em streaming. O diretor e fundador do festival, Almir Labaki, diz inclusive que, no ano em que comemora a 25ª edição, num contexto de desinformação, nunca se fizeram tão necessários documentários de qualidade. Ao todo, são 64 horas de cinema que incluem títulos clássicos premiados em outras edições como ‘A Pessoa É Para o Que Nasce’, de Roberto Berliner; ‘Nós Que Aqui Estamos, Por Vós Esperamos’, de Marcelo Masagão; ‘A Negação do Brasil’, de Joel Zito Araújo; e ‘Rocha que Voa’, de Eryk Rocha. Há ainda uma homenagem a Zé do Caixão e um programa com títulos apenas de diretoras, como Renata Druck, Helena Solberg e Veronique Ballot.